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Brasília

Família de Hungria se pronuncia sobre internação e suspeita de intoxicação por metanol

“Ele disse que estava muito mal, com gosto de gasolina na boca e muito fraco. Eu me assustei”

João Victor Rodrigues

03/10/2025 6h50

Foto: Conrado Nobre

Na tarde desta quinta-feira (2/10), Manoela Hungria, irmã do rapper Gustavo Hungria, conhecido como Hungria Hip Hop, falou sobre o estado de saúde do artista, de 34 anos, internado na UTI do Hospital DF Star com sintomas compatíveis de intoxicação por metanol, como cefaleia, náuseas, vômitos, turvação visual e acidose metabólica.

Segundo Manoela, Hungria ligou para ela por volta das 8h20 pedindo ajuda. “Ele disse que estava muito mal, com gosto de gasolina na boca e muito fraco. Eu me assustei”, relatou. A família acionou uma ambulância que levou o cantor ao hospital, onde ele iniciou tratamento com hemodiálise, previsto para durar 72 horas.

A irmã contou ainda que o artista ingeriu aproximadamente 200 ml de etanol como parte da terapia, procedimento utilizado em casos suspeitos de intoxicação por metanol. “Os médicos explicaram que o álcool não é tóxico como o metanol, então é preferível que ele esteja presente no corpo”, disse.

O irmão do rapper, Leandro Hungria, repudiou especulações de que o caso teria sido forjado para gerar engajamento. “É impossível e de muita má-fé pensar nisso. Os exames estão à disposição, podem falar com os médicos”, declarou.

De acordo com boletim do Hospital DF Star, Hungria está consciente, orientado, respirando espontaneamente, sem alterações visuais e em quadro clínico estável. Ainda não há previsão de alta.

O caso ganhou repercussão nacional após o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, inicialmente confirmar a intoxicação por metanol, mas recuar e afirmar que o diagnóstico definitivo depende dos exames.

Na noite anterior à internação, Hungria havia comprado bebidas alcoólicas na distribuidora Amsterdan, em Vicente Pires, fechada pela PCDF e Vigilância Sanitária por operar sem licença. O local teve bebidas como uísque, vodca e gin apreendidas, que serão analisadas pelo Instituto de Criminalística para verificar a presença de metanol.

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