O falso pastor evangélico identificado como João Evangelista foi condenado pela 1ª Turma Criminal do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) por enganar várias mulheres, aplicando golpes que somaram cerca de R$ 150 mil. A sentença foi proferida após a denúncia do Ministério Público, que o acusou de utilizar um relacionamento amoroso como meio fraudulento para obter financiamentos de veículos em nome das vítimas.
Evangelista foi preso durante a Operação Falso Profeta, deflagrada em junho do ano passado pela 14ª Delegacia de Polícia (Gama), após investigações que confirmaram seus golpes. Ele foi condenado a 1 ano e 4 meses de reclusão em regime semiaberto, além do pagamento de dias-multa.
Segundo a denúncia, o réu se aproveitou do relacionamento com a vítima para convencê-la a financiar dois automóveis, apresentando boletos falsificados para induzir a mulher a outorgar procurações, dando-lhe plenos poderes sobre os veículos. Após a assinatura, João Evangelista revendeu os carros a terceiros e não cumpriu o pagamento das parcelas, o que resultou em prejuízo financeiro significativo para a vítima.
A defesa de João Evangelista alegou falta de provas, classificando a situação como desacordo comercial e argumentando que a vítima estava ciente dos riscos. No entanto, o Ministério Público sustentou que a conduta do réu se configurou como estelionato, já que ele utilizou artifícios fraudulentos para obter vantagem indevida.