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Brasília

Expansão do Programa Viva Flor amplia rede de proteção a mulheres vítimas de violência

Expansão permite atendimento imediato e proteção de mulheres em situação de violência em cinco novas regiões administrativas

Redação Jornal de Brasília

28/08/2025 15h52

Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF) anunciou, nesta quinta-feira (28), a ampliação do Programa Viva Flor, que passa a ser implementado também em delegacias circunscricionais. Criado para reforçar a proteção de mulheres em situação de violência doméstica e familiar, o projeto funcionava anteriormente de forma piloto nas Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (Deam) da Asa Sul e Ceilândia, e agora alcança novas regiões administrativas.

A seleção das delegacias levou em consideração a incidência de violência doméstica e a necessidade de garantir respostas rápidas às vítimas. Com a expansão, mulheres poderão sair das unidades já com um dispositivo de proteção e monitoramento. As novas regiões contempladas são Paranoá, Planaltina, Gama, Santa Maria e Brazlândia.

Segundo o secretário de Segurança Pública, Sandro Avelar, a iniciativa aproxima o programa das mulheres em situação de risco. “É um programa cujos resultados são incontestáveis. Nós nunca perdemos nenhuma mulher que tem a proteção do Viva Flor. Identificamos cinco novas regiões administrativas cujas delegacias vão oferecer pronto atendimento, permitindo que a mulher já saia da delegacia sob a proteção do Estado”, afirmou.

A secretária da Mulher, Giselle Ferreira, destacou que a expansão reduz a vulnerabilidade das mulheres no período crítico entre o registro da ocorrência e a concessão de medidas protetivas pela Justiça. “Muitas vezes a mulher ia até a delegacia e tinha que se deslocar para uma Deam. Agora será mais abrangente, principalmente nos locais com maior número de registros. É o uso da tecnologia a favor da proteção da mulher, uma forma pioneira no Brasil”, disse.

Funcionamento do programa

O Viva Flor atende mulheres que registram ocorrência em delegacias e, ao identificar risco, as insere no programa via aplicativo instalado no celular, funcionando como um botão de pânico. Ao ser acionado, uma viatura é enviada imediatamente para proteger a vítima, que passa a ser monitorada pelo serviço.

Para casos em que o celular não é compatível com o aplicativo, a Secretaria fornece um dispositivo móvel que garante atendimento prioritário pela Polícia Militar. “A expansão leva o serviço para mais perto das mulheres, democratizando o acesso à proteção”, reforçou a subsecretária de Prevenção à Criminalidade, Regilene Siqueira.

A diretora da Divisão de Atendimento Integral à Mulher da Polícia Civil, Karen Langkammer, ressaltou que o programa garante proteção imediata, sem depender apenas da medida protetiva. “Nossos agentes são treinados para reconhecer os casos de risco e instalar o aplicativo, garantindo que a mulher saia da delegacia com o programa em pleno funcionamento”, afirmou.

Cerca de 300 policiais civis e militares foram capacitados para o programa, incluindo treinamento em protocolos humanizados e acolhedores, em conformidade com a Lei Maria da Penha. “O treinamento garante que a proteção seja mais próxima e humanizada, evitando que a vítima se sinta julgada ou desamparada no momento do pedido de socorro”, destacou Karen.

Com informações da Agência Brasília

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