Menu
Brasília

Ex-presidente do BRB deve prestar depoimento à PF na segunda (1º)

Costa foi afastado da presidência do BRB por 60 dias por ordem judicial no âmbito da Operação Compliance Zero e demitido pelo governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha

Redação Jornal de Brasília

25/11/2025 20h57

Paulo Henrique Costa. Crédito ASCOM/BRB

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS)

O depoimento do ex-presidente do BRB (Banco de Brasília) Paulo Henrique Costa sobre a investigação que culminou na liquidação do Banco Master foi marcado para a próxima segunda-feira (1º) na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília.


Costa foi afastado da presidência do BRB por 60 dias por ordem judicial no âmbito da Operação Compliance Zero e demitido pelo governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), na semana passada.


O executivo estava nos Estados Unidos quando a operação foi deflagrada. Ao retornar para o Brasil, ele disse que pretende colaborar com as investigações. O advogado dele, Cléber Lopes, afirma que ele pediu para que fosse ouvido com prioridade.


“Reconheço a importância das investigações em curso e reafirmo meu respeito às instituições. Tenho convicção de que sempre atuei na proteção e nos melhores interesses do BRB, seguindo padrões de mercado”, disse em nota divulgada na sexta (21).


“Informo que retornei ao Brasil, vou colaborar pessoalmente com a investigação e seguirei fornecendo todas as informações e esclarecimentos necessários para a completa elucidação dos fatos”, completou.


Como mostrou o Painel, Costa se queixou a aliados com os quais conversou nos últimos dias do isolamento que vem sofrendo desde a operação. A insatisfação alimentou rumores de que ele estaria disposto a fazer um acordo de delação premiada com a PF ou o Ministério Público Federal.


A gestão de Costa é acusada de ter feito repasses ilegais de recursos ao Master por meio da compra de carteiras falsas de crédito, o que seria acobertado por meio da aquisição do banco privado pelo público. O Banco Central proibiu a concretização do negócio em setembro.


A operação contra o Master e o BRB colocou o governador do Distrito Federal na maior crise política desde o começo de sua gestão. Deputados distritais, federais e senadores recolhem assinaturas para a abertura de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito), seja na esfera local ou nacional.


Com mandados de busca e apreensão cumpridos no último dia 18, investigadores querem apurar se houve pressão de políticos para que o BRB decidisse comprar o controle do Master.


Segundo pessoas a par do inquérito, há a suspeita de que Costa sabia que as carteiras de crédito consignado do Master eram falsas e, mesmo assim, tenha autorizado a compra de cerca de R$ 12,2 bilhões.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado