Tainá Morais
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Durante depoimento, o companheiro da jovem Lauryelle Máximo Moreira, encontrada morta, na manhã desta quarta-feira (26), em um matagal da Asa Norte, disse à polícia que não é o autor do crime. “Eu não fiz nada, cara. Eu gostava muito dela, porque era a única que cuidava de mim”, alegou Leandro Barreto da Silva. O discurso, porém, não convenceu a Polícia Civil.
O corpo de Lauryelle foi encontrado nu e com marcas de aproximadamente dez tiros. Segundo o Corpo de Bombeiros, há ainda suspeita de fratura no braço direito.
Leandro foi ouvido informalmente no local do crime – um matagal nos fundos do Parque Olhos D’Água – e, em seguida, levado à 2º Delegacia de Polícia (Asa Norte). Ele e Lauryelle eram catadores e moravam juntos há pelo menos um ano, em um barraco dentro do parque. O corpo foi encontrado a 200 metros dali.
O suspeito não quis dar entrevista à reportagem do Jornal de Brasília. Falou apenas com os policiais. Disse que Lauryelle estava desaparecida na mata e que teria ouvido tiros na região, na noite de terça-feira (25).
“Ele disse que um morador de rua passou no local e avisou que teriam ocorrido disparos. Mas afirmou que não havia problemas para ele por não ter problemas com a Justiça”, relatou o cabo da PM Carlos Mascarenhas.
Buscas
O Corpo de Bombeiros disse ter sido acionado por volta das 20h de terça por Leandro Barreto da Silva. A Polícia Militar também foi chamada por populares. Os militares se uniram numa varredura no local. No entanto, a escuridão e a falta de informações prejudicaram o andamento dos trabalhos. As buscas, então, foram retomadas esta manhã.
“Nós resolvemos retornar na manhã de hoje porque não tínhamos como nem entrar na mata à noite”, diz cabo Mascarenhas. Por volta das 11h30, a Polícia Civil realizava a perícia. O laudo deve ficar pronto em cerca de 30 dias. O caso é investigado pela 5ª Delegacia de Polícia (Asa Norte).