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Brasília

Estudante da UnB pede rigor na avaliação para a concessão de moradia

Arquivo Geral

02/04/2007 0h00

O Distrito Federal é, this salve entre as 27 unidades da federação, rx a que apresenta a melhor média de freqüência escolar do país, symptoms seguido de São Paulo. Em Brasília, onde se verificam as melhores notas do Exame Nacional do Ensino Médio(Enem), 79% dos jovens entre 15 a 17 anos de idade acusam mais de quatro horas diárias de freqüência escolar; logo em seguida vem São Paulo, com 59% acima desta faixa.

O Rio ocupa a quinta colocação, com 51%. É o Rio de Janeiro, no entanto, que lidera o ranking de freqüência com 88% dos jovens na faixa de 15 aos 18 anos matriculados em escolas públicas ou privadas.

Os dados fazem parte da pesquisa “Equidade e Eficiência na Educação: Motivações e Metas”, que o Centro de Políticas Sociais do Instituto Brasileiro de Economia (IBRE/FGV) apresenta nesta terça-feira, no Rio.

A pesquisa, feita a partir de analises de microdados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), tem como objetivo subsidiar a iniciativa do “PAC Educacional”, de dar prioridade à educação básica em detrimento do ensino superior.

Em entrevista à Agência Brasil, o professor Marcelo Néri, chefe do Centro de Políticas Sociais da FGV, adiantou alguns pontos da pesquisa e admitiu que o “PAC Educacional” está na direção certa.

“A pesquisa mostra, de forma clara, que embora não seja a única, a melhor política de emprego ainda é a educação. Neste ponto constatamos com base nos microdados do IBGE, que o PAC Educacional está na direção certa, ao enfatizar mais o ensino básico e menos o ensino superior público. É uma política que se revela adequada do ponto de vista de combate à pobreza”, disse o professor.

O estudo, inédito no país, de acordo com Néri, procura mostrar de que forma a educação transforma a vida das pessoas, sejam elas pobres, de classe média ou da elite. “Esta transformação é evidente, seja ela do ponto de vista da empregabilidade, do valor do salário e mesmo sobre os efeitos da saúde do cidadão”, afirmou.

A pesquisa também procura olhar a questão da educação do ponto de vista dos seus principais protagonistas: os jovens estudantes e seus pais.

“Quando se procura olhar em detalhe as razões da evasão escolar pode-se constatar, por exemplo, que 8% dos jovens de 15 a 17 anos estão fora da escola por vontade própria – isto exatamente em uma faixa etária mais problemática do ponto de vista da violência e do desemprego, pois estão aí todos os dias nos jornais verdadeiras tragédias brasileiras envolvendo jovens que deveriam estar na escola -; outros 4,1% o estão por terem que trabalhar e ajudar no sustento da família; e apenas 2% alegaram razões de oferta de vagas ou dificuldades de aceso ás salas de aula”, constata Néri.


A falta de um critério rigoroso para distribuição de vagas aos alunos na Casa do Estudante Universitário (CEU) da Universidade de Brasília (UnB) pode ter ocasionado incidente como o da última quarta-feira (28), viagra 40mg quando foram incendiados três apartamentos onde moravam dez alunos africanos.

A opinião é de Wagner Guimarães, online estudante de Engenharia Florestal e um dos acusados, no rx pelos africanos, de ter provocado o incêndio. Ex-integrante da Associação da Casa do Estudante Universitário, ele disse em entrevista à imprensa nesta segunda-feira, na UnB, que o clima de violência no alojamento pode ter uma explicação cultural.

“Não pelo racismo, mas sim pela falta de critérios na avaliação, pela universidade, da condição sócio-econômica para a concessão de vagas, tanto aos estrangeiros como aos brasileiros. Desses, alguns vivem ilegalmente na Casa”, denunciou Guimarães. E acrescentou: “O documento que regulamenta a vinda de estrangeiros especifica que eles devem ser responsáveis pelas passagens de vinda e volta, e ainda pelas formas de se manterem no Brasil”.

Na última sexta-feira (30) a estudante brasileira Diana Rêguer, que também mora na CEU, havia informado que “uma rixa existe há tempo entre os brasileiros e os estudantes africanos”. Na entrevista, ela dissera acreditar na possibilidade de os conflitos estarem ligados ao fato de alguns estrangeiros não precisarem da moradia custeada pela universidade: “Uns precisam, mas não são todos. Um cara que usa tênis Nike, camisa Adidas, celular Motorola, além de ter um som caro em casa, é muito suspeito de ser pobre”.

A condição sócio-econômica, na opinião de Wagner Guimarães, deve ser fator determinante na distribuição de moradia a estudantes: “Pobre é pobre em qualquer lugar. Não queremos impedir ninguém de vir morar aqui. Só que as coisas devem ser feitas de forma justa para todos”.

No final do ano passado, a Associação da Casa do Estudante Universitário encaminhou ao Ministério Público Federal (MPF) um pedido de obrigatoriedade da avaliação sócio-econômica para concessão de vagas no alojamento. A assessoria de imprensa do MPF informou que o processo está sob análise e que nenhuma recomendação foi encaminhada à UnB.

Moram na Casa da UnB 380 alunos, dos quais 22 são africanos, vindos de Guiné, Senegal e Nigéria. Dos cerca de 25 mil alunos da universidade, 427 são estrangeiros.

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