As ações de turismo que são preparadas pelo Governo do DF vão gerar “resultados inéditos para a capital”, afirma o secretário de Turismo, Luis Otávio Neves. Ele explica que a preparação da cidade começou com a revitalização e ampliação dos Centros de Atendimento ao Turista (CATs).
“Em 2011, havia apenas dois, onde trabalhavam pessoas sem a devida qualificação”, contabiliza. Hoje, são sete unidades – dois no Setor Hoteleiros Norte, um no Setor Hoteleiros Sul, Aeroporto, Rodoviária Interestadual, Torre de TV Digital e Praça dos Três Poderes. “Os profissionais que atendem passaram por cursos de qualificação e são capazes de atender em até oito idiomas, incluindo Libras. Esse, sem dúvidas, foi um grande diferencial no receptivo da cidade”, elogia.
Com recursos captados junto ao Ministério do Turismo – R$ 3 milhões –, a secretaria fará a sinalização turística da cidade e a adequação de dez monumentos para promover a acessibilidade por meio de rampas, calçadas rebaixadas, escadas, elevadores, mudanças de níveis e outros instrumentos que facilitem a locomoção.
Os pontos turísticos emblemáticos da capital foram encaminhados pelo ministério à Federação Internacional de Futebol (Fifa) como destaque para a Copa. Os roteiros preparados, segundo a secretaria, podem ser feitos em até duas horas, conforme exige a Federação.
Ainda em conjunto com o ministério, a Secretaria de Turismo irá capacitar cerca de 1.400 profissionais da segurança, que serão “treinados para se sensibilizar às necessidades dos visitantes e contribuir para a boa recepção”. O mesmo convênio prevê ainda a compra de dois CATs Móveis que serão usados nos dias de grande movimentação na cidade para prestar informações nos pontos com maior fluxo.
Mais do que fazer bonito na Copa, o objetivo das ações é consolidar Brasília como destino turístico, enfatiza Neves: “Trabalhamos para deixar a cidade pronta para receber qualquer tipo de evento”.
A Copa deixará um legado importantíssimo para o DF, segundo Neves: “Essa preparação da cidade e a visibilidade de Brasília nos jogos são oportunidades únicas que, se bem aproveitadas, serão um marco na história do turismo brasiliense”.
Mas há desafios: “Hoje, a média de permanência dos turistas é de dois a três dias. O nosso trabalho é fazer com que a cidade se mostre cada vez mais atrativa para que o visitante estenda sua passagem”, explica Neves.
Divulgação
Neio Campos, diretor do Centro de Excelência em Turismo da Universidade de Brasília (UnB), concorda que Brasília tem atrativos: “O que precisa é divulgar”.
Ele enfatiza que, além de qualidades como Patrimônio Histórico da Humanidade, Brasília tem uma grande diversidade cultural. “São bons circuitos de música, espaços rurais. São muitas possibilidades de visitações interessantes”, pontua.
