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Brasília

Empresários do aeroporto JK temem sair no prejuízo

Arquivo Geral

25/09/2014 7h30

Entre o legado deixado pela Copa do Mundo  no Brasil estão obras como os estádios e os aeroportos. Porém, alguns dos responsáveis por essa mudança, em vez de prosperarem, estão tendo   prejuízo  com o investimento.  É o caso de   empreiteiras que participaram da reforma do Aeroporto Juscelino Kubitschek.  O consórcio Inframérica,   responsável pela administração do terminal, ainda não teria feito os pagamentos  aos prestadores de serviços terceirizados. De acordo com um dos empresários, o atraso atinge  ao menos cinco empresas e o valor ultrapassa   R$ 5 milhões.

Dono da empreiteira Dias Menho Construção e Reformas Ltda.,  o empresário Glauco Dias,   40 anos, explica que foi chamado pela Helfix, empresa ligada à Inframérica.  Ele foi contratado para construir os sanitários, fraldários, o setor de embarque internacional, futuras instalações da Polícia Federal no térreo  e a sala de raios X, entre outros. 

“Foram três contratos: um dia 30 de dezembro do ano passado, e outros dois  nos dias 22 de abril e 19 de maio deste ano. Somados, eles  chegavam a R$ 1,4 milhão”, detalha o empresário.

 

Vencimento

Dias conta que o contrato se encerrou no dia 5 de junho, e, após emitir as notas, as empresas tinham até um mês para receber o dinheiro, o que não ocorreu. “Durante o processo da construção, a Inframérica arcou com o que solicitávamos. Se precisávamos de um prego, eles compravam. Mas com o nosso pagamento não foi a mesma coisa”, diz. Ainda segundo Glauco, os únicos pagamentos que a sua empresa recebeu foram nos dias 15 de agosto e 12 de novembro, os dois no valor de R$ 50 mil.  

Enquanto isso, as   dívidas se acumularam. “Com a grande demanda de trabalho no aeroporto, tivemos de parar outras obras. Apostamos tudo nesse projeto e, em vez de ter lucro, estamos tendo prejuízos”, lamenta. Outra consequência foi a redução do quadro de pessoal.  “Já demitimos 16 funcionários e possivelmente teremos que demitir mais”, completa.

 

Envolvidos esclarecem situação

Segundo o empresário  Glauco Dias, a justificativa dada para a demora no pagamento foi de que a Inframérica estaria esperando um recurso do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e que sem ele, o pagamento não seria possível.

Já a Inframérica informou que está acompanhando a negociação entre o consórcio construtor Helvix e as empresas fornecedoras, para o pagamento do saldo remanescente. O cronograma de pagamento estaria  sendo negociado individualmente com as empresas.

Já a Helvix respondeu que o saldo remanescente já começou a ser pago e a empresa está negociando com os fornecedores. A empresa disse que o saldo   deverá ser resolvido em breve, uma vez que os recursos estão garantidos.

 

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