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Brasília

Em vídeo, Laerte Bessa ameaça porteiro de morte

Ex-deputado federal se irritou com proibição de entrega delivery após 23h. “Você quer morrer, eu te mato aqui agora, seu filha da p***”, disse

Redação Jornal de Brasília

13/11/2019 21h46

Atualizada 14/11/2019 9h54

(Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Pedro Marra
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No fim da noite desta terça-feira (12), após 23h43, o ex-deputado federal Laerte Bessa (PL-DF) agrediu o porteiro do prédio onde mora, no condomínio Wave, na Rua 18, da Avenida das Castanheiras, em Águas Claras. O próprio funcionário gravou o vídeo em que recebe soco, chute e xingamentos porque não deixou um motoboy subir com uma entrega delivery para o policial civil aposentado.

Num vídeo que circula nas redes sociais, gravado pelo porteiro, Bessa ameaça de morte o porteiro por duas vezes. O ex-deputado desceu até a portaria e iniciou as agressões contra a vítima. No vídeo, ele chega ao local xingando o funcionário. Confira o diálogo abaixo:

“Vem filha da p**. Por que não vai subir aqui agora? ‘o síndico que não autorizou’, [diz o porteiro]. Ele é um bosta, e você também é. Tô falando para você deixar ele subir. Você quer morrer, eu te mato aqui agora, seu filha da p*. Cadê o síndico? Chama esse filha da p* lá. Quero ver o macho que não vai deixar. Seu cachorro, tô falando com você, rapaz. Bora subir lá, bora subir essa p* [Bessa fala com motoboy]. E vai chegar outro aqui. Se você falar isso de novo, vou te dar um tiro na cara, filho da p***. Liga para ele [síndico] que eu vou esperar ele aqui agora. Pode subir lá no 304. Você é um bosta, um pau mandado. Falar que onze horas não pode entrar aqui. Eu sou o cara mais amigo de todo mundo aqui. Você não pode fazer isso comigo não, seu cachorro”, diz.

Em outra parte do vídeo, Bessa propõe uma troca de tiros com o porteiro. “Se você for homem, busca sua arma. Vai lá buscar que nós vamos trocar tiro aqui agora, filha da p***. Você que é culpado. Você é frouxo”.

No fim da gravação, o ex-deputado empurra e chuta o síndico do prédio ao dizer palavrões. “Você me respeita. Cachorro. Eu sou o primeiro morador dessa bu**. ‘Para quê esse nervosismo’, diz o síndico. Nervosismo o cara***. E vai chegar mais comida aí”, avisa.

Ao Jornal de Brasília, Bessa diz que se arrepende do que fez, mas logo em seguida, ironiza a situação. “Você viu a lição que eu dei nele?”.

Ainda assim, Bessa confessa o arrependimento, mas minimiza o caso. “Claro, exagerei. Só isso. Estou arrependido. Achei que a minha reação foi além do que poderia ser. Toda ação tem uma reação”, confirmou.

O porteiro registrou ocorrência na 21ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Sul), que deve investigar o caso.

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