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Brasília

Durante congresso em Brasília, infectologista norte-americano reforça importância da desinfecção do ambiente hospitalar

Infectologista norte-americano John Boyce destaca necessidade de investimentos contínuos, capacitação e inovação para fortalecer o controle de infecções em hospitais

Redação Jornal de Brasília

18/11/2025 18h12

Foto: Divulgação/Ciep 2025

Foto: Divulgação/Ciep 2025

O infectologista norte-americano John Boyce, referência mundial em controle de infecções, reforçou nesta terça-feira (18) a necessidade de aprimorar os protocolos de desinfecção e investir em novas tecnologias para enfrentar microrganismos resistentes. A palestra integrou a programação do V Congresso de Inovação, Ensino e Pesquisa (Ciep 2025) do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (IgesDF).

Boyce alertou que a limpeza hospitalar realizada apenas uma vez ao dia não é suficiente para impedir a proliferação de bactérias e fungos, que podem se espalhar rapidamente e resistir aos produtos convencionais. Ele destacou ainda que a baixa adesão à higiene das mãos por parte dos profissionais de saúde permanece um dos principais fatores de disseminação de microrganismos.

“O essencial é garantir que as equipes conheçam profundamente os protocolos — desde o produto adequado para cada superfície até a frequência correta de aplicação. A precisão salva vidas”, explicou.

Inteligência artificial e inovação

O especialista também defendeu mais investimentos em controle de infecção, pesquisas e desenvolvimento industrial. Ele acredita que tecnologias emergentes podem transformar o setor:

“No futuro, a inteligência artificial poderá monitorar a higiene das mãos e até identificar precocemente surtos de infecção, permitindo respostas mais rápidas”, afirmou.

Boyce ressaltou que ainda não existe um desinfetante capaz de eliminar todos os tipos de bactérias, o que reforça a necessidade de inovação contínua. Ele destacou que qualquer avanço deve ser somado a medidas já consolidadas, como uso adequado de EPIs e isolamento de pacientes com organismos resistentes.

Apesar dos desafios, mantém o otimismo:

“Não será fácil nem rápido, mas acredito que melhoraremos a segurança hospitalar ao longo do tempo.”

Congresso reúne especialistas e amplia debate

O Ciep 2025 segue até quarta-feira (19), com debates envolvendo infectologia, gestão hospitalar, protocolos do trauma, cardiologia, oncologia e outras áreas. Para Boyce, espaços como o congresso são essenciais para fortalecer práticas e atualizar profissionais:

“Ambientes que reúnem especialistas para discutir novas tecnologias e gargalos dos processos atuais são extremamente promissores.”

Com o tema “Conectando Saberes e Tecnologias para o Futuro da Saúde”, o Ciep reúne autoridades, gestores, profissionais e estudantes, e bateu recorde nesta edição: mais de 1.800 inscritos, consolidando-se como uma das maiores referências em inovação na saúde pública do DF.

Com informações do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF)

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