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Brasília

Distrito Federal registra aumento nas doações de órgãos e córneas

Decisão familiar de doar ainda é o principal entrave para salvar vidas

Redação Jornal de Brasília

30/09/2025 18h23

força tarefa de cirurgias no hran. foto jhonantan cantarelle agência saúde df (1)

Para que um paciente seja inscrito na lista de espera, é necessário passar por uma avaliação médica com profissionais autorizados | Foto: Jhonantan Cantarelle/Agência Saúde-DF

Entre janeiro e junho de 2025, o Distrito Federal registrou aumento no número de transplantes realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). De acordo com dados da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), foram feitos 156 transplantes de órgãos e 173 de córneas no período. Em comparação com 2024, quando ocorreram 135 de órgãos e 157 de córneas, houve crescimento de 15,5% e 10,2%, resultado atribuído ao avanço das ações de conscientização sobre a importância da doação de órgãos.

Apesar do resultado, especialistas da Secretaria de Saúde (SES-DF) apontam que o maior gargalo é ainda a doação. “Existe uma máxima que diz ‘sem doação não há transplante’. E é verdade. Temos, hoje, mais pacientes aguardando do que doações de órgãos. Portanto, autorizar tal atitude é fundamental para reduzir o tempo de espera e melhorar a qualidade de vida de quem precisa”, explica a diretora da Central Estadual de Transplantes (CET-DF), Daniela Salomão.

Na mesma linha, o chefe do Núcleo de Relacionamento Inter-Hospitalar (NRIH), Sandro Rogério Gabriel dos Santos, reforça o papel da mobilização coletiva: “O trabalho em rede é fundamental. Quando a população entende a importância da doação e os hospitais atuam de forma integrada, conseguimos salvar mais vidas”. 

Para o especialista, contudo, é preciso equilibrar a clareza sobre a importância da doação com a sensibilidade diante da dor da perda. “Cada autorização significa uma nova chance de vida para quem está na fila, mas também indica que alguém amado se foi”, acrescenta.

Além das doações locais, o DF também participa de captações em outros estados, o que reforça seu papel de destaque no cenário nacional.

Processo de transplantes

Para que um paciente seja inscrito na lista de espera, é necessário passar por uma avaliação médica com profissionais autorizados. Após a confirmação da necessidade de um novo órgão, a pessoa será inserida na lista única do Sistema Nacional de Transplantes (STN). A posição pode ser consultada pelo site do Ministério da Saúde. 

Na capital federal, o CET-DF coordena todo o processo de transplantes, desde o gerenciamento do cadastro de receptores até a logística e a distribuição dos órgãos. A lista é nacional e o gerenciamento passa pelo SUS, ainda que alguns possam ser realizados na rede complementar. 

Atualmente, o DF realiza transplantes de coração, rim, fígado, pele, córnea, medula óssea, válvula cardíaca e músculo esquelético. A rede privada também oferece várias dessas modalidades. Na rede pública, o Hospital Regional da Asa Norte (Hran) realiza transplantes de pele. Outros procedimentos passam pelas equipes do Hospital de Base (HB-DF), Hospital Universitário de Brasília (HUB) e Instituto de Cardiologia e Transplantes do DF (ICTDF). Já o Hospital da Criança de Brasília (HCB) é responsável pelo transplante de medula óssea autólogo pediátrico.

Com Informações da Agência Brasília

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