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Brasília

DF terá primeiro posto de identificação especializado para pessoas com deficiência

Projeto prevê capacitação de servidores, adaptações em delegacias e atendimento especializado em Ceilândia

Redação Jornal de Brasília

18/09/2025 17h38

Foto: Divulgação/Polícia Civil

Foto: Divulgação/Polícia Civil

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) anunciou, nessa quarta-feira (17), a criação do primeiro posto de identificação especializado para pessoas com deficiência e famílias atípicas. O serviço funcionará na Delegacia da Criança e do Adolescente II (DCA II), em Ceilândia, oferecendo acolhimento diferenciado durante a emissão de documentos, como carteiras de identidade, respeitando necessidades sensoriais e comportamentais dos usuários.

O novo posto integra o projeto “Apoio Integrado às Famílias Atípicas: Fortalecendo Pais e Cuidadores e Sensibilizando a Polícia Civil do Distrito Federal”, lançado no evento realizado no auditório da Delegacia-Geral. A iniciativa, coordenada pela Divisão Integrada de Atendimento à Mulher (Diam), tem como objetivo criar uma cultura institucional mais inclusiva e acessível dentro da corporação.

Entre as ações previstas estão a capacitação de policiais civis, adaptações físicas nas unidades, além da produção de materiais educativos voltados à comunicação não verbal e aos direitos das pessoas com deficiência.
“A nossa função é proteger e acolher. Um simples tratamento diferenciado pode ser decisivo para que uma pessoa se sinta protegida ou vulnerabilizada”, destacou Karen Langkammer, diretora da Diam.

O delegado-geral da PCDF, José Werick de Carvalho, afirmou que a meta é levar essa cultura de acolhimento para todas as delegacias, além da policlínica e do Instituto Médico Legal.

Parcerias e apoio institucional

O lançamento contou com a presença do secretário da Pessoa com Deficiência do DF, Willian Ferreira da Cunha, que destacou a importância do projeto.
“A principal dificuldade para uma acessibilidade completa é a falta de informação. Capacitar servidores para o atendimento a pessoas atípicas é uma ação que precisa ser ampliada”, afirmou.

O projeto conta com apoio da Rede Internacional de Proteção à Vítima – Laço Branco Brasil, da Street Cadeirante Companhia de Dança, da Elev.a Vídeos, da BSB Áudio, Som, Luz e Imagem, além do patrocínio do Instituto Nadja Quadros, referência em Brasília no atendimento a pessoas com transtornos do neurodesenvolvimento.

Planejamento futuro

Além do posto de identificação, a PCDF prepara um cronograma de estruturação para o biênio 2026–2027, com foco em acessibilidade física e institucional. Também será desenvolvido um plano de capacitação, que inclui livros ilustrativos e vídeos educativos, para formar servidores preparados para oferecer atendimento acolhedor e inclusivo.

Com informações da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF)

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