Victoria Moretti
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Brasília registrou ontem (23) o dia mais quente do ano, com temperaturas alcançando 35,4ºC. O meteorologista, Cleber Sousa, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), alerta que a umidade do ar continua baixa chegando a 18% de umidade, agravando ainda mais a sensação de calor intenso e a seca na região.
Além do recorde de calor, a capital enfrenta a segunda maior seca da sua história, com impressionantes 153 dias sem chuvas significativas. Essa combinação de altas temperaturas e longos períodos sem precipitações tem causado incêndios florestais, afetando a vegetação e a qualidade do ar. A umidade relativa do ar caiu para alarmantes 18%, muito abaixo do recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que é de 60%.
Segundo o especialista, até sexta-feira a onda de calor continuará“As temperaturas ficaram na casa dos C°35 e C°36”.
A expectativa para o final de semana, no entanto, traz uma luz no fim do túnel. O especialista alertou que há chances de chuvas que podem proporcionar um alívio para os moradores da capital federal. “Durante o final de semana é provável que chova, aliviando um pouco a onda de calor, com a nebulosidade as temperaturas tendem a cair”, afirmou o especialista, gerando esperanças entre os brasilienses.
Enquanto isso, os cidadãos são aconselhados a adotar medidas de precaução, como manter-se hidratados e evitar atividades físicas durante os horários de pico de calor. Com as temperaturas ainda elevadas até o final da semana, chegando é fundamental que a população esteja atenta e preparada.
Os meteorologistas seguem monitorando a situação e as previsões climáticas, torcendo para que a chuva esperada traga um respiro à grave crise hídrica enfrentada na região. A esperança é que, finalmente, a chuva chegue e traga um pouco de alívio aos brasilienses.
De acordo com dados do CBMDF nos últimos anos, o cerrado tem visto um aumento preocupante nos incêndios. Em 2022, foram registradas 11.054 ocorrências, queimando 40.858 hectares. Em 2023, esse número caiu para 7.263, com 9.991 hectares queimados. No entanto, em 2024, a situação se agravou, com 2.160 incêndios registrados até 22 de setembro.
O mês mais crítico em 2022 foi agosto, com 2.504 incêndios. Em 2023, julho teve o maior número, com 1.243. Até setembro de 2024, os dados mostram um aumento preocupante, especialmente devido à seca prolongada.No último final de semana, o CBMDF atendeu 103 ocorrências de incêndio em vegetação no sábado (21), e 67 ocorrências no domingo (22).