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Brasília

DF enfrenta dia mais seco do ano, com umidade de apenas 8%

Temperaturas ultrapassaram os 33ºC; alerta vermelho reforça cuidados com saúde e risco de incêndios

Daniel Xavier

30/09/2025 20h10

créditos evaristo sa afp

créditos evaristo sa afp

O Distrito Federal registrou, nesta terça-feira (30), o dia mais seco do ano. Por volta das 14h, a estação meteorológica do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), localizada na Ponte Alta, no Gama, apontou umidade relativa do ar de apenas 8%. A marca é o segundo menor índice da história da capital, ficando atrás apenas dos 7% registrados no ano passado, também no Gama.

Além da baixa umidade, as temperaturas dispararam. Segundo o meteorologista Olívio Bahia, do Inmet, os termômetros chegaram a 33,7°C no Entorno. Na área central de Brasília, a máxima foi de 32°C.

De acordo com o especialista, esse comportamento é típico do período de transição entre o fim da seca e o início das chuvas. “O final de setembro e os primeiros dias de outubro costumam ser bastante quentes, principalmente quando há atraso no período chuvoso. Apesar de outubro ser, climatologicamente, o primeiro mês do período úmido, as precipitações geralmente se tornam mais frequentes apenas a partir da segunda quinzena”, explicou.

Bahia lembra que a ausência de nuvens e a forte incidência solar intensificam o calor e, consequentemente, reduzem a umidade. “As maiores temperaturas já registradas no DF ocorreram em outubro. Quando a chuva atrasa, os primeiros dias do mês tendem a ser extremamente quentes e secos, como observamos agora”, destacou.

Risco de incêndios e cuidados com a saúde

O cenário de seca prolongada aumenta o risco de queimadas no DF. A vegetação ainda está ressecada e o solo não absorveu água suficiente para reduzir o perigo de incêndios de grandes proporções. Por isso, a recomendação é redobrar os cuidados e evitar qualquer prática que envolva o uso de fogo.

Na saúde, os cuidados também devem ser intensificados. “É fundamental beber bastante líquido, usar protetor solar, roupas leves e evitar atividades físicas entre 10h e 16h. Esse é o período mais crítico, quando a umidade despenca e o sol é mais intenso”, orientou o meteorologista.

Para quem tem problemas respiratórios, a hidratação das vias aéreas também é essencial. O alerta vermelho emitido pelo Inmet reforça que os cuidados precisam ser mantidos até que as chuvas se estabeleçam de forma contínua.

“Enquanto as precipitações não se regularizam, a população deve seguir atenta. E, quando as primeiras chuvas vierem, a atenção se volta para os riscos de ventos fortes, descargas elétricas e quedas de galhos e árvores”, completou Bahia.

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