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Brasília

Desabamento em Taguatinga: CBMDF e Defesa civil realizam operação para verificar estrutura do prédio

O edifício de quatro andares veio ao chão na última quinta-feira (6) deixando 24 famílias desabrigadas

Redação Jornal de Brasília

12/01/2022 19h56

Por Mia Andrade e Tereza Neuberger
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O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) continua o atendimento no edifício que sofreu desabamento em Taguatinga Sul, na última quinta-feira (6). Parte do prédio de quatro andares veio ao chão, deixando 24 famílias desabrigadas.

O CBMDF em parceria com a Defesa Civil do DF (DCF) realizou uma operação nesta manhã (12) para adentrar o interior do edifício após confirmar a estabilização do prédio. A operação seguiu com o apoio da equipe de busca e resgate em estruturas colapsadas do Grupamento de Busca e Salvamento (GBSal).

Às 9h45, utilizando uma escada Magirus, a equipe de engenheiros da DCDF acessou a cobertura de último pavimento (antigo 4° andar), com a finalidade de realizar uma análise do interior do edifício. A equipe seguiu inspecionando pilares, vigas, escadas e outras estruturas, o primeiro acesso tendo a duração de sete minutos.

Foram realizadas também, retiradas de materiais das edificações geminadas, também atingidas, que ainda oferecem risco de queda de modo a garantir aos usuários uma maior segurança para remover seus pertences. As remoções têm sido ordenadas e coordenadas pela Defesa Civil do Distrito Federal.

Após decisão da equipe geral, o grupo entrou novamente no prédio e desta vez em uma operação de 10 minutos, foi verificado a existência de grande acumulo de água no último pavimento, além de comprometimento de elementos estruturais, perda da continuidade de elementos construtivos e vigas e pilares muito danificados nos demais pavimentos.

Após realizar vistoria nas edificações vizinhas ao prédio que desabou no último dia 06 de janeiro, a Defesa Civil do Distrito Federal concluiu que apesar dos sérios danos que sofreram não há risco de desabamento até o momento. Por questões de segurança ficou decidido que haveria quatro rotas de fuga, sendo: a própria escada Magirus, as escadas do prédio e ambas as varandas na frente e fundos da edificação.

Já em relação a edificação que desabou a Defesa Civil chegou à conclusão de que a edificação não está segura. Dessa forma, ainda não é possível permitir a retirada dos pertences dos moradores.

Foi verificado pela Defesa Civil que as portas e esquadrias no interior da edificação apresentam sérias deformações, muitas inclusive estão emperradas, impossibilitando acesso. O desplacamento e destacamento de revestimentos de pisos, paredes e tetos e a presença de rachaduras diversas, tanto em paredes comuns quanto em elementos estruturais também podem ser observados no interior do edifício assim como a existência de deformações exageradas e generalizadas, ruptura de pilares, rebaixamento de teto, abaulamento de piso empoçamento de água.

Todas essas observações por parte da defesa civil foram registradas em imagens para análise e foram cruciais para que a decisão de que a edificação não está segura fosse tomada. A Defesa Civil ressalta que tem como prioridade a preservação da vida humana e enquanto as condições não forem adequadas, o local seguirá interditado.

O CBMDF mantém uma viatura no local, em virtude dos riscos de explosão, novos desabamentos e incêndio. Toda a cena permanece isolada e guarnecida pela Polícia Militar do Distrito Federal.

Confira o que sobrou do edifício:

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