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Brasília

Depois do ouro no pentatlo moderno, confederação pensa nas Olimpíadas

Arquivo Geral

25/07/2007 0h00

O pentatlo moderno entrou nos jogos Pan-americanos do Rio de Janeiro com o objetivo claro que conquistar a vaga olímpica para Pequim-2008. Encerrada a competição, o grupo cumpriu 50% do objetivo com a classificação feminina, mas falhou na categoria masculina.

Marcado pelo ouro de Yane Marques e pelo bom desempenho dos atletas na esgrima, em contraponto com os resultados discretos conquistados na prova de tiro, o pentatlo moderno já volta suas atenções para o trabalho que deve ser realizado para as Olimpíadas.

Yane Marques entrou para a história como a primeira mulher brasileira a conquistar ouro na modalidade em Jogos Pan-americanos. Vale lembrar que só Eric Tinoco Marques, em Buenos Aires-51, e Wenceslau Malta, em Chicago-59, haviam subido no lugar mais alto do pódio.

Para o diretor técnico da Confederação Brasileira da modalidade, João Gustavo Cerqueira, o feito deve ser valorizado. “É uma conquista tremenda. Nós vínhamos trabalhando a Yane há quase dois anos, incentivando ela a competir internacionalmente”, declarou. “No pentatlo moderno você sempre conta um pouco com a sorte, mas teve muito trabalho tanto da gente como da Yane. Ela teve muita raça e mostrou ser uma guerreira”.

Com o resultado conquistado, a brasileira garantiu uma vaga nas Olimpíadas de Pequim. Apesar de pedir calma, Cerqueira ressaltou que ela tem chances de conquistar uma medalha. “Não é impossível conquistar uma medalha, mas temos muito o que trabalhar. Temos que continuar nos esforçando, sem esquecer de fazer toda uma planificação de treinamentos”, ponderou.

Depois de terminar a prova de tiro na quinta colocação, Yane teve o melhor desempenho na esgrima, com 24 vitórias em 26 combates, além de ser a segunda colocada na natação e décima no hipismo. Com esse resultado, ela largou na corrida com uma vantagem de 1min24 sobre a segunda colocada, a canadense Mônica Pinette, e garantiu o ouro.

O resultado da esgrima, que acabou ajudando muito a atleta a ficar com o primeiro lugar, também foi ressaltado pelo diretor técnico da CBPM. “Essa era nossa pior prova há dois anos. Percebemos isso e começamos a trabalhar no sentido de conquistar uma melhora. Trouxemos um treinador da França que nos ajudou bastante na fase de preparação”, explicou. Vale lembrar que Daniel Santos também ficou com a primeira colocação na esgrima no masculino.

Apesar da alegria pelo resultado de Yane, Cerqueira acreditava em um melhor rendimento de Larissa Lellys, que terminou na oitava colocação. “Ela tem o potencial equivalente ao da Yane. Acabou não tendo sorte e também acho que a parte emocional influenciou no tiro”, lamentou.

Nos Jogos Pan-americanos de Santo Domingo-2003, Daniel Santos terminou na sexta colocação, duas posições acima do lugar conquistado no Rio de Janeiro. Apesar disso, o diretor técnico da CBPM negou que ele tenha sido uma decepção. “Ele teve no geral uma melhor performance do que no outro Pan. Ganhou na esgrima, fez o melhor tempo de sua vida na natação. Só no tiro ele acabou indo mal e no pentatlo é assim: o que conta é o equilíbrio e a regularidade”, afirmou.

No tiro, Daniel Santos terminou na 14ª colocação, atrás de seu compatriota Romão Wagner, que estreava em Jogos Pan-americanos. “O Romão foi bem na esgrima, mas teve problemas de câimbras na natação e também não foi bem no tiro. Se você não tem equilíbrio, não dá”, analisou.

O desempenho dos brasileiros não foi capaz de dar a eles uma vaga olímpica. Quem ficou com a da América do Sul foi o chileno Cristian Bustos, que terminou o pentatlo moderno masculino na quinta colocação. À da América do Norte coube ao norte-americano Eli Bremer, campeão da disputa. E as outras duas que seriam concedidas aos outros dois melhores desde que não fossem dos Estados Unidos e Chile, foram concedidas ao cubano Yaniel Velazques e ao canadense Joshua Riker-Fox, medalhistas de prata e bronze.

No feminino, além da brasileira, se classificaram para Pequim-2008 a canadense Monica Pinette, a norte-americana Mickelle Kelly e a guatemalteca Rita Sanz Agero.




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