Na manhã desta quinta-feira (16), um episódio de violência envolvendo o delegado da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), Mikhail Rocha e Menezes, gerou comoção e pânico na capital federal. A enfermeira-chefe do Pronto-Socorro do Hospital Brasília, localizado no Lago Sul, foi baleada pelo servidor público após uma discussão relacionada à demora no atendimento ao filho dele, de 7 anos.
Segundo relatos, Mikhail exigiu atendimento imediato para o menino, que estava ferido por estilhaços de tiros. Informado pela enfermeira sobre a necessidade de preencher uma ficha cadastral, o delegado reagiu de forma violenta. Testemunhas afirmaram que, ao tentar acalmá-lo, a profissional de saúde foi atingida por disparos no pescoço e no ombro.
O incidente no hospital aconteceu após Mikhail atirar contra a esposa, Andréa Rodrigues Machado, 40 anos, e a empregada doméstica, Oscelina Moura Neves de Oliveira, 45 anos, no Condomínio Santa Mônica, em São Sebastião. Depois do ataque, ele deixou o local acompanhado do filho e de um cachorro, dirigindo-se ao hospital.
As vítimas do primeiro ataque foram socorridas e encaminhadas ao Hospital de Base do Distrito Federal. O estado de saúde de ambas não foi divulgado.
O delegado foi preso pela Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) nas proximidades de uma quadra no Lago Sul. Ele será conduzido à Corregedoria da PCDF, onde responderá pelas ações. O menino, que estava com ele no momento da prisão, foi resgatado e está sob os cuidados de familiares.
O caso segue em investigação, e a gravidade do ocorrido reforça os debates sobre saúde mental, controle de armas e violência doméstica.