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Brasília

Defesa Civil determina demolição do prédio em Taguatinga

Com risco iminente de queda completa, órgão interditou definitivamente o local até a derrubada

Vítor Mendonça

14/01/2022 18h25

Ainda não há o detalhamento preciso do deslocamento ocorrido na edificação. Foto: Vítor Mendonça/Jornal de Brasília

Depois de oito dias de estudo, o prédio que desabou parcialmente na QSE 20 de Taguatinga Sul precisará ser demolido por completo. A notificação foi dada pela Defesa Civil aos proprietários da edificação, que devem providenciar a derrubada nos próximos dias. O pedido foi que o prédio fosse demolido imediatamente, o quão antes possível. A possibilidade de implosão, feita com explosivos, foi descartada.

Para o órgão fiscalizador, não restam dúvidas de que não há nenhuma segurança para transitar dentro da edificação. Assim, os antigos moradores do prédio não poderão voltar em hipótese alguma aos apartamentos para pegar os últimos pertences. Assim determinou a Defesa Civil na tarde desta sexta-feira (14), que tem acompanhado a estrutura durante oito dias.

“Decidimos interditá-la completamente. Nenhum proprietário pode entrar. Entendemos que não há bombeiro que posa entrar porque a edificação pode a qualquer momento terminar de colapsar”, destacou o tenente-coronel Rossano, coordenador de operações e chefe de engenharia da Defesa Civil.

Desde o desmoronamento do térreo e do primeiro andar, ocorrido na quinta-feira do dia 6 de janeiro, as equipes do órgão têm feito análises da estrutura e dos deslocamentos do prédio. De acordo com os últomos monitoramentos realizados com a ajuda de topógrafos, é uma questão de tempo até que o edifício ceda por completo. Faz-se necessária, portanto, a demolição.

“A edificação esta completamente desconectada de suas fundações. Está solta sobre os escombros de forma aleatória. Existem rachaduras tanto à esquerda quanto à direita do prédio, que podemos dizer que é uma única fenda que transpassa o prédio, quebrando lajes e vigas do interior”, disse o tenente-coronel.

Para o especialista, “não há literatura matemática que explique a edificação do jeito que ela está”. A expectativa da equipe era que o colapso total acontecesse nos primeiros dias do desmoronamento. As amostras feitas no prédio demonstram fissuras severas nos pilares e vigas, sem nenhuma segurança.

Ainda não há o detalhamento preciso do deslocamento ocorrido na edificação, mas o órgão assegurou que o prédio está caindo tanto para a lateral esquerda quanto para trás. “Ele está se deformando lentamente, mas depois voltará a acelerar. Então o risco é incessante. A edificação vai continuar a ruir [se não for derrubada logo]”, finalizou Rossano.

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