Ofuscada pelos problemas físicos de Daiane dos Santos e pelos resultados de Jade Barbosa nos primeiros dias de disputa da ginástica artística nos Jogos Pan-americanos do Rio, Daniele Hypólito reclamou de descaso no acompanhamento da equipe para as disputas de finais por aparelhos. Para ela, a imprensa ficou tão preocupada com a substituição de Daiane dos Santos no solo, que esqueceu de seu potencial de pódio.
“Pouco se falou da minha prova de trave. Eu tenho chance de ganhar uma medalha”, reclamou Daniele, maior medalhista da modalidade com cinco pódios em três participações pan-americanas.
Em Winnipeg-99, ela foi medalha de bronze por equipes. Quatro anos depois, competiu em Santo Domingo, conquistando duas pratas, uma na trave e outra nas paralelas assimétricas, além do bronze por equipes. No Rio, foi vice-campeã por equipes.
O Brasil terá quatro ginastas nas finais por aparelho. Jade Barbosa está classificada no maior número de provas. Inicialmente classificada para os quatro, não disputará nas paralelas por decisão da comissão técnica.
A decisão foi tomada para evitar desgaste excessivo após três dias seguidos de competições. O Brasil lutará por medalha também com Laís Souza (salto e paralelas) e Daniele (trave e solo). A estreante pan-americana Ana Cláudia Silva competirá nas paralelas na vaga aberta por Jade.
Fora da competição, Daiane confia na capacidade das companheiras levarem o país ao pódio. “A Jade tem muitas chances, Laís e Dani também”, garante.
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