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Brasília

Curso técnico gratuito impulsiona mulheres em áreas dominadas por homens no setor cultural

Projeto Luz, Som e Ação oferece formação em iluminação e técnica de palco com acessibilidade e foco em equidade de gênero

Redação Jornal de Brasília

30/06/2025 19h14

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Projeto Luz, Som e Ação oferece oficinas práticas e teóricas, exclusivamente para mulheres, nas áreas de roadie (técnica de palco) e técnica de iluminação | Fotos: Matheus H. Souza/Agência Brasília

O projeto Luz, Som e Ação iniciou nesta segunda-feira (30), no Espaço Jovem de Expressão, em Ceilândia, uma série de oficinas gratuitas voltadas exclusivamente para mulheres nas áreas de roadie (técnica de palco) e técnica de iluminação. A iniciativa, que oferece formação prática e teórica, visa ampliar a presença feminina em funções técnicas do setor cultural, tradicionalmente ocupadas por homens.

Realizada pela Guia Acessibilidade Inclusiva com recursos do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal (FAC-DF), a ação conta com apoio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF), do Instituto Federal de Brasília (IFB) e do Jovem de Expressão. Os cursos têm carga horária de 15 horas, com cinco encontros consecutivos e direito a certificação.

Segundo a idealizadora do projeto, Ellen Oliveira, a proposta nasceu da dificuldade de encontrar mulheres capacitadas em áreas técnicas para eventos culturais. “Sempre enfrentamos barreiras para contratar mulheres em direção de palco, iluminação e áudio. Pensamos então em formar essas profissionais”, explicou.

As oficinas acontecem no IFB Recanto das Emas (curso de roadie, das 9h às 12h) e no Espaço Jovem de Expressão (curso de iluminação, das 10h às 13h). Ambas contam com intérpretes de Libras e audiodescrição, garantindo acessibilidade plena. A procura superou expectativas: foram 116 inscrições para 40 vagas.

Durante as aulas, as participantes aprendem desde conceitos básicos de eletricidade até o manuseio de refletores, dimmers e mesas de luz. “A expectativa é que elas saiam daqui com uma experiência rica e transformadora”, disse a facilitadora Zizi Antunes, acrescentando que as alunas ainda confeccionarão um equipamento de iluminação como recordação.

O projeto também transforma trajetórias. A gerente de imobiliária Sâmela Borges, 33, viu na formação uma oportunidade de autonomia em seus ensaios fotográficos. Já a técnica em audiovisual Nathalia Oliveira, 28, aposta na qualificação para aprimorar seu olhar artístico e repertório técnico.

Alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU — especialmente os de número 4 (Educação de Qualidade) e 5 (Igualdade de Gênero) —, o Luz, Som e Ação busca mais do que formar profissionais: promove pertencimento, visibilidade e novas oportunidades para mulheres na cadeia produtiva da cultura.

*Informações de Thaís Umbelino, da Agência Brasília

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