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Brasília

Cubano continua refugiado

Arquivo Geral

17/07/2007 0h00

O jogador de handebol cubano Rafael Capote, de 19 anos, desapareceu na manhã de ontem, depois que seu paradeiro foi descoberto pela imprensa brasileira. Capote abandonou a Vila Pan-Americana na última quinta-feira. Sem ter para onde ir, gastou R$ 600 num táxi até São Caetano do Sul, onde se encontrou o compatriota Michel Oquendo, goleiro do time IMES/São Caetano – que também desertou, há dois anos, e ficou por aqui.

A convite de Oquendo, Rafael Capote treinou com o time na quinta e na sexta-feira, mas não pode ficar com seu compatriota, pois o clube já tem dois estrangeiros (o limite).

Depois de ter sido “dispensado” pela seleção cubana, Capote passou o fim de semana na casa que Oquendo divide com outros quatro jogadores da equipe de São Caetano. “Ele chegou só com a roupa do corpo, então demos algumas coisas para ele”, conta o armador Caio Cesar Eufrásio.

A paz do cubano em São Caetano durou até ontem, quando uma equipe da Rede Globo apareceu na casa. “Depois que os caras da Globo foram embora, ele ficou apavorado. Pegou as coisas dele e sumiu”, relata Eufrásio. O técnico Nunes e o coordenador de handebol do Imes, Flávio Pontes, confirmam a história. “Ele ficou preocupado com o assédio da imprensa, achou que poderia acontecer algo mais grave e desapareceu.”

De acordo com o Conselho Nacional de Refugiados (Conare) e a Polícia Federal, a situação de Rafael Capote no Brasil por enquanto é legal. Mas, para poder trabalhar e jogar profissionalmente, o atleta teria de pedir asilo político.





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