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Brasília

Cronograma de depoimentos da CPI já foi definido pela CLDF

As atividades marcadas são referentes ao mês de março

Redação Jornal de Brasília

15/02/2023 19h53

Foto: Carlos Gandra/CLDF

O cronograma oficial de oitivas para serem realizadas durante o mês de março sobre a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos já foi definido. Até o momento, estão marcadas tomadas de oito depoimentos no total. O primeiro está marcado para o próximo dia 2, quando será ouvido o ex-secretário executivo e secretário adjunto da Secretaria de Segurança Pública do DF, Fernando de Souza Oliveira. No mesmo dia, os deputados distritais que integram a comissão também ouvirão a ex-subsecretária de inteligência da mesma pasta, Marília Ferreira Alencar.

Já no dia 9 de março, será a vez da oitiva do ex-secretário de Segurança Pública do DF e ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro, Anderson Torres. Ele será o único depoente do dia, e suas declarações estão sendo consideradas algumas das mais importantes para a elucidação de diversos pontos sob investigação pela CPI.

Os coronéis Jorge Eduardo Naime e Marcelo Casimiro Vasconcelos Rodrigues serão ouvidos no dia 16. E no dia 23, o ex-secretário de Segurança Pública do DF que ocupou o cargo até o início de dezembro do ano passado, Júlio de Souza Danilo e o tenente-coronel da Polícia Militar do DF Jorge Henrique da Silva Pinto. Os depoimentos de março terão fim no dia 30, com a escuta da oitiva do ex-comandante da Polícia Militar do DF coronel Fábio Augusto Vieira. Isto feito, os parlamentares vão definir as datas dos próximos convidados e convocados para a comissão.

Na tarde de terça-feira, quando ocorreu a primeira reunião da Comissão, ficou autorizado requerimentos que já estão sendo enviados para os devidos órgãos e que pedem, entre outros itens, compartilhamento de todas as informações sobre os atos antidemocráticos de 12 de dezembro e de 8 de janeiro que estão sendo investigados pela Polícia Civil com a comissão, a quebra do sigilo bancário, fiscal, telefônico e telemático de Anderson Torres e envio, pela Polícia Militar do DF à CPI, da relação de todos os policiais que estavam designados para o acompanhamento dos manifestantes em 8 de janeiro.

Na mesma data, os integrantes da comissão solicitaram à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal, arquivos e imagens internas e externas referentes aos atos do dia 8 de janeiro, e à Agência Brasileira de Inteligência (Abin) a disponibilização dos alertas feitos à secretaria de Segurança Pública do DF sobre os riscos da manifestação no dia 8 de janeiro.

Os parlamentares pediram, ainda, à corregedoria da PMDF, o compartilhamento de todas as informações sobre as investigações internas, bem como a ordem de serviço detalhada com a organização, a convocação e a distribuição de policiais militares que trabalharam nos dias dos fatos sob apuração.

A abertura da CPI, que tem como presidente o deputado distrital Chico Vigilante (PT), foi marcada por um recado do distrital aos colegas que não concordam com as investigações. “Não usaremos este espaço para cometer injustiças nem entrar em searas que não são nossas. Vamos cumprir o que diz o regimento desta Casa legislativa e o que determina a Constituição, mas vamos a fundo com a investigação de todos os fatos”, frisou ele.

Chico também aproveitou o momento para afirmar que tem visto parlamentares fazerem defesas públicas e chamarem de “coitadinhos” aqueles que estão presos, por terem participado dos atos de depredação do dia 8 de janeiro. “Na hora de depredar e praticar os vandalismos que praticaram, essas não eram nada ‘coitadinhas’. Ou será que estamos esquecidos daquela figura chamada ‘Dona Fátima’, que apareceu num vídeo chamando a todos para ‘quebrar tudo e depois pegar o Xandão’. Pode ser chamada de ‘coitada’ uma pessoa dessas?”, questionou.

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