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Brasília

Criatividade melhora tratamentos fisioterapêuticos no HRT

Os exercícios se tornam mais lúdicos e os pacientes recuperam não só os movimentos, mas também a alegria de viver e a esperança de voltar para casa

Aline Rocha

30/08/2019 12h33

Foto: Secretaria de Saúde/DF

Da Redação
redacao@grupojbr.com

Fisioterapeutas do Hospital Regional de Taguatinga (HRT) transformam exercícios tradicionais com criatividade, dedicação e alegria para tratar os pacientes. Os exercícios se tornam mais lúdicos e os pacientes recuperam não só os movimentos, mas também a alegria de viver e a esperança de voltar para casa. 

Em média, 60 pacientes, internados nas enfermarias do hospital, são atendidos pelos 11 profissionais da área. Mensalmente, a média de atendimento é de 1,3 mil pacientes. O tratamento vem conquistando pacientes como Cecília Brazão, 64 anos. 

Cecília está no HRT desde o início do ano, quando passou por uma amputação do pé devido a complicação do diabetes. “Quando eu for embora, vou sentir saudades das professoras. Eu gosto muito de todas”, declarou a paciente, com lágrimas nos olhos.

Cecília não perde a oportunidade de mostrar o quanto o seu condicionamento físico tem melhorado com a fisioterapia e logo mostra o braço: “Olha só, já está ficando duro. Antes estava mole”, constata. A paciente tornou-se cadeirante em decorrência da amputação e permanece no hospital devido à internação social, enquanto aguarda vaga em um abrigo.

A fisioterapeuta Alline Meyre Evaristo é só empolgação e carinho com os pacientes. Seu atendimento já começa com sorrisos e abraços e uma boa conversa para saber da evolução dos assistidos. Uma reação sua diante da provocação de um paciente provocou grande repercussão nas redes sociais, uma vez que os colegas de quarto ‘entregaram’ que o doente gostava de dançar forró.

“Eu chamei o seu Francisco para dançar. Ele disse que eu não sabia dançar. E foi aí que a equipe gravou nossa dança. Enquanto a gente dançava, eu fazia os movimentos da fisioterapia. Assim, o paciente nem percebe que ele está fazendo tratamento e ainda se diverte”, contou a servidora. Seu Francisco recebeu alta dois dias após o vídeo ser divulgado.

Motivação

Um dos principais objetivos da Fisioterapia é a recuperação da motricidade do paciente, possibilitando a ele se alimentar sozinho, ir ao banheiro, tomar banho no chuveiro e fazer outras atividades simples do dia a dia que proporcionem autonomia, até mesmo para respirar.

A fisioterapeuta Flávia Antunes conta o caso de um paciente que tinha acabado de chegar da UTI, no pós-operatório. Havia duas semanas que ele estava sem andar. “Foi a coisa mais linda do mundo quando ele ficou em pé pela primeira vez e fez aquela cara (de felicidade). Isso não tem preço”, refletiu.

Outra iniciativa visa tirar os pacientes dos quartos, mesmo aqueles que estão acamados, levando-os para as áreas abertas do hospital. É um momento de socializar, sentir o sol e renovar a energia para acelerar a recuperação, dizem os fisioterapeutas.

“Nós passamos bastante tempo com os pacientes, os ouvimos, brincamos e dá para perceber que o nosso trabalho desperta neles o sentimento de vida, o que tem acelerado as altas, gerando a desospitalização”, comemora a chefe do Núcleo de Saúde Funcional do HRT, Mônica Tolentino Félix.

Atuação

Os profissionais da Fisioterapia atuam nas sete clínicas das enfermarias do hospital: Ortopedia, Cirurgia, Cardiologia, Ginecologia, Clínica Médica, Pediatria e Oncologia.

Além dessa equipe de fisioterapeutas, outros profissionais da área trabalham com os pacientes no Pronto-socorro, nas Unidades de Tratamento Intensivo e no Ambulatório.

A Fisioterapia é uma das especialidades médicas que o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece.

 

Com informações da Agência Brasília

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