No último dia 25, meninos e meninas do COSE Granja das Oliveiras participaram de atividade que promoveu visita à Aldeia dos índios Kariri-Xocó. A programação durou uma semana, e possibilitou a ida de oito Coses, ao povoado que está localizado na Reserva Indígena do Bananal, próxima ao Setor Noroeste.
O objetivo foi promover ações que estimulassem nas crianças, adolescentes, jovens e idosos participantes do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos, o reconhecimento, a valorização e sentimento de preservação da cultura brasileira e indígena.
A Cacica Tanoné Kariri Xocó acompanhada de integrantes daquela comunidade, apresentou a Aldeia para crianças, os costumes e tradições dos Kariri. No final do passeio, danças e cânticos saudaram os visitantes. “É muito importante para nós que o GDF se esforce para trazer vocês aqui, para conhecer nossa cultura, nossa tradição. O homem branco não pode esquecer de que o índio é sagrado, e merece respeito, pois representa a essência da cultura do país”, ressaltou Tenoné.
A educadora social, Gliede Carla Gomes, do Centro, agradeceu a receptividade da tribo e comentou a intenção lúdica e pedagógica da visita. “Nós preparamos as crianças para essa visita com a intenção de apresentar na prática, o que a teoria mostra nos livros. A nossa vontade é despertar no olhar deles, a partir de hoje, outra vivência”, disse.
Os Kariri – Xocó
Há mais de cem anos, uma das consequências da política fundiária de Império, foi a extinção das aldeias Xocó da ilha fluvial.Com a invasão, os índios buscaram refúgio na outra margem do rio, junto aos Kariri de Porto Real de Colégio.
Kariri (ou Kirirí) é nome recorrente no Nordeste e evoca uma grande nação que teria ocupado boa parte do território dos atuais estados nordestinos desde a Bahia até o Maranhão. As referências a Xocó (ou Ciocó) remontam ao século XVIII.A estrutura familiar dos kariri – Xocó é semelhante às populações rurais. A liderança da aldeia está dividida entre “cacique” e “pajé”.
Reza a lenda, que o primeiro chefe indígena Kariri – Xocó, deu aos índios já batizados com nomenclaturas portuguesas, sobrenomes de origem indígena. Até hoje nomes como Suíra, Taré, Nindé, Piragibe, entre outros, fazem parte dos costumes dos Kariri – Xocó.