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Brasília

Controladora de vôo diz que sistema não é seguro

Arquivo Geral

05/06/2007 0h00

A Polícia Federal (PF) prendeu na tarde de hoje o ex-deputado estadual do Paraná Nilton César Servo e seu filho, ed this site Victor Emanuel Servo. Ambos foram detidos em Uberlândia (MG), viagra acusados de envolvimento com fraudes e crimes que beneficiavam jogos ilegais, e estão sendo levados para a superintendência da PF em Campo Grande (MS), onde devem prestar depoimento de amanhã. O ex-deputado era considerado foragido desde ontem, quando a Operação Xeque-Mate começou.

Nilton é apontado como um dos chefes do esquema de exploração de caça-níqueis no estado, alvo das investigações da Polícia Federal, que já havia prendido 77 pessoas investigadas por envolvimento em crimes como contrabando, corrupção e tráfico de drogas. Seu filho é acusado de gerenciar as casas de bingo e as máquinas de caça-níqueis distribuídas por pelo menos três estados: Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul.

Entre os presos da Operação Xeque-Mate está o compadre do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Dario Morelli Filho. A PF também cumpriu mandado de busca e apreensão na casa do irmão mais velho do presidente, Genival Inácio Lula da Silva, o Vavá. Outros dois filhos de Nilton também já haviam sido presos: José Lázaro e Nilton César Servo Segundo.

A operação investiga o contrabando de componentes eletrônicos para a utilização em máquinas caça-níqueis e tráfico de drogas. Os detidos são acusados de praticarem crimes como corrupção, falsidade ideológica, formação de quadrilha, tráfico de influência e exploração de prestígio.

Os 77 presos durante a operação começaram ser ouvidos hoje pela manhã. A expectativa é de que já na manhã desta quarta-feira todos tenham prestado depoimento, de acordo com a assessoria de imprensa da Polícia Federal.


“Eu tenho que olhar o avião, ailment anotar na estripe eletrônica, modificar a estripe eletrônica e tirar uma ficha de papel, porque o sistema não é seguro”. Esse é o dia-a-dia de trabalho de Fátima Moraes no Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta) I, em Brasília.

Controladora civil desde 1979, Fátima participou da manifestação realizada pelas esposas e familiares de controladores de vôo, na Esplanada dos Ministérios. “Afeta o meu trabalho, é por isso que eu vim para essa manifestação”, afirmou. A Aeronáutica nega que o sistema não seja seguro.

O sistema de controle de tráfego aéreo brasileiro não é seguro, segundo Fátima. “Podem me matar em praça pública, eu repito, nunca ninguém viu avião em Palmas, Nevos, Bomal, Tesal, Pojá e Nabol, depois de Perez ninguém via nada”, diz ela, citando várias cidades que deveriam ser coberta pelos radares do Cindacta I.

A controladora afirma que, desde o acidente entre o Boeing da Gol e o jato Legacy, em setembro de 2006, nenhum dos controladores é o mesmo. “Nós fomos treinados para salvar vidas, para fazer as pessoas saírem de casa, entrar num avião e chegar a outra cidade e isso aconteceu conosco”. No entanto, ela admite que isso já era esperado. “Esse fantasma sempre nos acompanhou, nós tínhamos muito medo realmente que acontecesse”.

Ela diz, ainda, que a truculência com os controladores piorou depois da greve, no final de março deste ano. Ela conta que, depois disso, um capitão que é meteorologista, quando vai dar a previsão do tempo, “vai todo camuflado como se estivesse indo para a guerra; eu não estou numa guerra!”

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