Valeu para acabar com a ansiedade da estréia. Mas, a vitória por 81 x 69 sobe a frágil Jamaica mostrou que a seleção brasileira feminina de basquete terá que melhorar muito se quiser brigar pela medalha de ouro dos Jogos Pan-americanos do Rio de Janeiro.
Longe de suas melhores atuações, o Brasil foi titubeante no primeiro quarto e depois deslanchou na quadra por causa da inspirada noite de Janeth, cestinha da partida com 28 pontos. O primeiro tempo terminou com a vitória por 42 x 32. Neste sábado, a equipe faz a sua segunda apresentação na competição diante do México, a partir das 15h30.
O jogo
O Brasil entrou na quadra com a sua “força máxima”, formada por Kelly, Êga, Janeth, Karen e Adrianinha. Mas, para quem esperava uma vitória fácil desde o primeiro quarto, não foi o que aconteceu. As brasileiras não escondiam a ansiedade pela estréia de um torneio tão importante e ainda em casa, diante da sua torcida. Comandada pela ala Janeth, que a cada cesta pedia o apoio da torcida, o Brasil fechou o primeiro quarto vencendo por 18 x 17.
No segundo quarto, a seleção deslanchou. Com Micaela na vaga de Karen, a marcação começou a fazer a diferença e ficou nítida diferença técnica entre as equipes. O Brasil fez 24 x 15 e fechou o primeiro tempo com a vantagem de dez pontos no total (42 x 32). Janeth foi a melhor neste período, com 15 pontos, quatro rebotes e quatro recuperações de bola.
No segundo tempo, o Brasil voltou com Karen no lugar de Janeth. Com a rapidez de Adrianinha e a boa pontaria de Êga, o time teve vários contra-ataques à disposição e não desperdiçou. Rapidamente, a diferença foi aos 20 pontos, para delírio da torcida, que compareceu em bom número à Arena Multiuso. No fim, uma cesta de três das jamaicanas diminuiu a diferença para 17 pontos ao final do terceiro quarto: 63 x 46.
No último quarto, o Brasil diminuiu o ritmo e passou a cometer erros bobos. E a Jamaica iniciou marcando uma cesta de três pontos. O time tinha dificuldade para criar jogadas. Foi então que a estrela solitária Janeth chamou a responsabilidade e fez sete pontos em três ataques seguidos. O placar, em nenhum momento, esteve em perigo, mas os erros de passes em alguns ataques deixaram o técnico Antonio Carlos Barbosa bastante irritado.
Nos últimos cinco minutos, a irregularidade foi a tônica da seleção brasileira. Enquanto Janeth seguia desequilibrando na frente, com 63% de aproveitamento nos arremessos (dez certos em 16 tentados), na defesa as jamaicanas dominavam o garrafão, mas esbarravam na falta de qualidade técnica. Barbosa ainda foi obrigado a mudar, já que Kelly estourou o número de faltas cometidas e foi substituída por Graziane.
As jamaicanas apertaram o jogo e chegaram a diminuir a diferença para dez pontos. Mas nada que ameaçasse a vitória brasileira que, no fim, fez 81 x 69.
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