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Brasília

Coleta de sementes auxilia na preservação do Cerrado

A ação busca preservar o Cerrado e reforçar a arborização urbana do Distrito Federal com espécies geneticamente puras

Redação Jornal de Brasília

06/11/2025 17h28

Foto: Divulgação/Novacap

Foto: Divulgação/Novacap

Uma equipe da Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap) concluiu uma expedição de quatro dias por cidades de Goiás — incluindo Goiânia, Anápolis, Abadiânia, Corumbá de Goiás, Pirenópolis e Jaraguá — para coletar frutos maduros destinados à extração de sementes nativas. O trabalho faz parte de uma iniciativa contínua voltada à recuperação genética do Cerrado e à ampliação da arborização urbana no Distrito Federal.

A missão foi conduzida pelo Departamento de Parques e Jardins da Diretoria das Cidades da Novacap, que enviou um grupo formado por engenheiro florestal, técnico agrícola, encarregado de jardinagem e auxiliares. O trajeto seguiu uma rota criada há mais de 15 anos pelos próprios servidores da companhia, conhecida pela grande diversidade de espécies do bioma.

Segundo o engenheiro florestal e assessor do departamento, Matheus Fuente, a coleta fora do ambiente urbano é essencial para garantir a qualidade genética e sanitária das sementes. “Essas expedições permitem recolher sementes mais sadias, ainda protegidas contra fungos e bactérias. Com isso, ajudamos a conservar o bioma e reforçamos a identidade natural do Cerrado nas áreas urbanas”, explicou.

Durante a expedição, foram coletados 361,5 quilos de sementes de 15 espécies nativas, entre elas gonçalo-alves, chichá-do-cerrado, palmeira guariroba, ipê-amarelo, cabo-de-machado, banha-de-galinha, guatambu-do-cerrado, palmeira rabo-de-raposa, jenipapo, ingá colar, cagaiteira, jatobá-pitomba, jabuticabeira, amendoim-do-campo e cajuzinho-do-cerrado.

De acordo com Fuente, os métodos de coleta variam conforme a espécie. Em alguns casos, como o cajuzinho-do-cerrado, basta recolher os frutos caídos. Já as sementes aladas do ipê exigem o uso de lonas, enquanto em espécies com frutos altos é necessário o podão para o corte dos cachos.

O engenheiro explicou ainda que o processo começa com a identificação e avaliação das árvores matrizes. “Primeiro observamos os indivíduos com potencial, verificamos a saúde das sementes e, depois da coleta, todo o material passa por beneficiamento, armazenamento e semeadura até se transformar em mudas que integrarão o programa de arborização da Novacap”, detalhou.

A iniciativa reforça o compromisso da companhia com a sustentabilidade e a valorização da flora do Cerrado, assegurando que as áreas verdes do DF mantenham a identidade ecológica do bioma nativo.

Com informações Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap)

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