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Brasília

CLDF aguardará proposta de venda do Centrad

Governador Ibaneis Rocha anunciou, neste sábado, que pretende enviar projeto ao Legislativo local para venda de complexo parado há 15 anos

Suzano Almeida

13/12/2025 16h58

Crédito: João Victor Rodrigues

O presidente da Câmara Legislativa, Wellington Luiz (MDB), reagiu neste sábado (13), à fala do governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), que anunciou a pretensão de venda do Centro Administrativo do Distrito Federal (Centrad) localizado em Taguatinga.

A estrutura que deveria ser utilizada pela administração pública do Distrito Federal para comportar secretarias e órgãos do Governo do DF foi concluída em 2010, no apagar das luzes da gestão de Agnelo Queiroz (PT) e chegou a ser inaugurada no último dia do governo petista. Porém, o uso nunca foi efetivamente realizado, gerando problemas judiciais relacionados ao pagamento.

Neste sábado, após o anúncio do governador Ibaneis de que mandará um projeto para a Câmara Legislativa, um projeto pedindo autorização para a venda da estrutura, Wellington Luiz foi cauteloso, mas concordou.

“Não conheço o teor do anti projeto, já que o governador disse isso. Somente depois que ele for protocolado é que ele vira um projeto para ser analisado. É difícil falar antes de conhecer os termos da proposta que o governador quer mandar para a Casa”, ponderou.

“O que é certo é que precisamos de fato resolver essa questão do Centrad. Não dá para ficar nesse impasse pelo resto da vida. Foram anos e anos com muito prejuízo. Por tanto, é fundamental que a gente avance nessa discussão”, concluiu.

Concessão

No fim de agosto, Ibaneis chegou a anunciar ao Jornal de Brasília que faria um processo de concessão do Centrad. O processo estava sob os cuidados da Companhia Imobiliária de Brasília (Terracap) e deveria ter sido concluído em setembro. Entretanto, não foi para frente, até o momento.

A construção do Centrad foi possível graças a uma parceria público-privada que teve início ainda no governo do ex-governador José Roberto Arruda (sem partido) – atualmente pré-candidato ao Palácio do Buriti – e concluído no governo Agnelo Queiroz.

No governo de Rodrigo Rollemberg (PSB), disputas judiciais travaram o pagamento de parcelas, em um total de 20 anos, mesmo após Agnelo ter inaugurado o prédio.

Ao vencer as eleições, Ibaneis prometeu que ocuparia o complexo administrativo, mas após 7 anos de gestão, ele continua vazio.

Durante todo esses 15 anos, desde a conclusão das obras, várias foram as sugestões e propostas para a ocupação. Um novo hospital, uma universidade internacional, entre outros.

Caso seja comercializado no mercado imobiliário, levando em conta os R$ 2 bilhões para a construção, o valor pode até dobrar para quem for o comprador.

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