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Brasília

Cinco anos após a inauguração, ciclovia entre Gama e Santa Maria é referência de mobilidade na região

Trecho de 3,6 km na DF-483 é destaque entre as obras do governo e simboliza o avanço da malha cicloviária do Distrito Federal

Redação Jornal de Brasília

03/11/2025 14h54

Foto: Matheus H. Souza/Agência Brasília

Foto: Matheus H. Souza/Agência Brasília

O ciclista Joedson Júnior, 38 anos, considera a ciclovia que liga o Gama a Santa Maria uma das melhores obras já realizadas na região. O trajeto, inaugurado em abril de 2020, trouxe mais segurança e conforto a quem pedala entre as duas cidades. Antes da construção, ele utilizava o acostamento, dividindo espaço com caminhões e enfrentando risco constante de acidentes. Com 3,6 quilômetros de extensão, a ciclovia da DF-483 beneficia moradores do Gama, de Santa Maria e de cidades vizinhas, oferecendo um percurso exclusivo para o lazer e o deslocamento diário.

A obra faz parte do plano do Governo do Distrito Federal (GDF) de ampliar e integrar a malha cicloviária em todo o território. Segundo o superintendente de obras do Departamento de Estradas de Rodagem (DER-DF), Cristiano Cavalcante, o tema tem recebido atenção especial. “Esse trabalho vem sendo feito na área rural, no centro de Brasília e nas regiões administrativas. Recentemente, concluímos trechos no Lago Sul, em Brazlândia, no caminho das escolas de Planaltina, e também no Pistão Norte e Sul, além da EPNB”, destacou.

Atualmente, o DER executa a construção de uma ciclovia na Estrutural, ligando Ceilândia e Taguatinga ao Plano Piloto, com 10 quilômetros de extensão. O objetivo, segundo Cavalcante, é garantir segurança e integração entre as regiões administrativas. “O DF já possui cerca de 700 quilômetros de malha cicloviária, sendo a segunda maior do Brasil em extensão. Agora, nosso esforço é conectar esses trechos para permitir que o ciclista possa sair de sua cidade, chegar até o Plano Piloto e retornar sem interrupções, com segurança e sem precisar circular pelas vias urbanas”, explicou.

Ao separar os ciclistas das pistas de veículos, as ciclovias contribuem diretamente para a segurança e a mobilidade urbana. “Quando você constrói uma ciclovia, tira o ciclista do fluxo de carros, eliminando o risco de acidentes; além disso, diminui os congestionamentos e melhora a fluidez do trânsito. Muitas pessoas deixam o carro em casa e passam a ir de bicicleta para o trabalho ou lazer, o que incentiva o uso desse modal sustentável”, acrescentou o superintendente.

Qualidade de vida

Assim como Joedson, outros moradores destacam o impacto positivo da ciclovia, que também se tornou espaço de convivência e prática de exercícios, especialmente entre idosos. Para o administrador de Santa Maria, Josiel França, a DF-483 representa mais do que uma obra. “A iniciativa atende a uma demanda antiga da comunidade, incentiva o uso de meios alternativos de transporte, contribui para a redução do tráfego e da emissão de poluentes, e estimula a prática de atividades físicas, fortalecendo o bem-estar da população”, afirmou.

O morador de Santa Maria Jefferson da Silva, 54 anos, utiliza o percurso principalmente para atividades físicas e elogia o planejamento e a sinalização do trajeto. “O trecho permite sair da região e seguir até o Parque do Avião, passando pela área da UnB e retornando com segurança pelas calçadas. É uma excelente opção para quem busca praticar esportes e se deslocar com tranquilidade entre Santa Maria e o Gama”, relatou.

Continuidade

O DER-DF já trabalha em projetos para ampliar e interligar ciclovias em todas as regiões administrativas, incluindo a continuidade da DF-483. “Temos projetos para essas interligações em todo o DF. No caso específico da DF-483, já existe o projeto para estender a ciclovia até Santa Maria, chegando à Epia, passando pelo SCIA e alcançando a DF-010, no viaduto do Setor Militar Urbano”, informou Cavalcante.

De acordo com o superintendente, a proposta é dar prosseguimento ao traçado existente, criar conexões internas e integrar as vias já implantadas. “Temos o projeto que liga Santa Maria pela lateral da cidade até o Setor Militar Urbano, pela Epia. Nesse percurso, já contamos com trechos conectados da Epia até o Pistão Norte, passando pela EPNB, além das ciclovias do Pistão Norte e Sul, da EPTG e da Estrutural”, detalhou.

Parte dessa malha já está implantada, enquanto outros trechos estão em fase de estudo ou prontos para execução. O objetivo é garantir uma rede cicloviária totalmente integrada, segura e funcional.

Segurança e manutenção

Além da ampliação das ciclovias, o DER-DF realiza monitoramento diário de toda a malha viária. O órgão conta com cinco distritos rodoviários, localizados em Planaltina, Sobradinho, Samambaia, PAD-DF e Brazlândia, responsáveis pela conservação das rodovias e ciclovias sob sua jurisdição.

Equipes percorrem diariamente as vias para identificar pontos que necessitam de manutenção ou recuperação. O monitoramento é contínuo, e as ações corretivas são executadas assim que as demandas são identificadas, garantindo segurança e conservação das estruturas destinadas aos ciclistas e pedestres.

Com informações da Agência Brasília

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