O Governo do Distrito Federal vai oferecer acolhimento e atendimento socioassistencial às pessoas instaladas na QNN 1 de Ceilândia . A ação tem início previsto para as 9h desta quarta-feira (31), sob coordenação da Casa Civil, e reúne diversos órgãos do GDF, entre eles as secretarias de Desenvolvimento Social (Sedes-DF), Saúde (SES-DF), Educação (SEE-DF), Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (Sedet-DF), Segurança Pública (SSP-DF), Proteção da Ordem Urbanística (DF Legal) e Justiça e Cidadania (Sejus-DF), além do SLU, Novacap, Codhab, Detran-DF, Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros Militar e Conselho Tutelar.
Entre as novidades implementadas, uma teve impacto imediato no dia a dia das equipes: a atualização dos quadros do time de resposta rápida, onde ficam os nomes dos responsáveis pelo plantão e suas funções. Antes, as informações se perdiam na dinâmica da emergência. Agora, com cores diferentes, disposição organizada e visual claro, o setor passou a funcionar como uma engrenagem precisa.
“Cada um precisa saber exatamente onde ficar”, explica o enfermeiro Rennyffer Lopes. “No trauma, tudo acontece ao mesmo tempo. É quase como uma equipe de Fórmula 1. Cada segundo importa, e cada pessoa tem um papel específico. Com o novo quadro, a sincronia melhorou muito. Organização salva tempo, e, no trauma, tempo salva vidas. Quando o paciente chega e a adrenalina dispara, se alguém não sabe seu lugar, atrapalha. Agora isso não acontece mais, porque tudo já está pré-definido.”
O quadro foi adquirido por meio de doações da Rede Feminina de Combate ao Câncer, da própria equipe do trauma e da Gerência-Geral de Assistência da unidade. “Hoje todo mundo faz questão de manter o quadro atualizado; virou parte da cultura da equipe”, comenta a assessora técnica da Gerência de Enfermagem, Gabriela Rodrigues
Protocolos que fazem diferença
Outra mudança importante atingiu o coração dos atendimentos de emergência: o carro de parada — que possibilita acesso rápido a insumos necessários — do centro de trauma. Ele passou a contar com organizadores internos e placas de identificação, que facilitam a visualização e a reposição de cada medicamento. O recurso já vinha sendo utilizado em outras unidades do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (IgesDF).
Com o ajuste, o carro de parada passou a ser denominado Carro de Acesso Imediato (CAI), com insumos definidos especificamente para o atendimento ao trauma. As placas organizadoras foram doadas pela Associação de Amigos do Hospital de Base.
LEIA TAMBÉM
- Dados do Hospital de Base mostram que quedas matam mais que ferimentos por armas de fogo
- 65 anos do Hospital de Base: investimento moderniza estrutura e amplia capacidade
- Uso seguro de patinetes elétricos ajuda a evitar acidentes e internações
Para o técnico de enfermagem Ricardo Carvalho, a diferença é clara: “Antes, as medicações ficavam um pouco misturadas. Agora, cada uma tem seu espaço. Até quem acabou de chegar consegue encontrar tudo rapidamente.” As placas também solucionaram um problema recorrente, o excesso de itens. “Com o organizador, padronizamos o estoque”, detalha Gabriela. Não tem como colocar nem menos nem mais do que o necessário.”
A rotina do setor também ganhou mais visibilidade com a instalação de um novo painel de gestão pela Gerência de Enfermagem (Geref). Onde antes havia apenas uma parede vazia, hoje existe um espaço de informação, alinhamento e educação permanente, com dados atualizados de atendimento, treinamentos, inovações da área médica e matérias institucionais.
O painel foi doado pela enfermeira rotineira do trauma, Karina Simplício. “Melhorou muito a comunicação”, afirma o enfermeiro Carlos Eduardo Martins de Oliveira. “Agora tudo está à vista, como dados, avisos, recados e estudos científicos. Ficou mais fácil alinhar o trabalho entre médicos e enfermagem.”
Escutar o paciente
“Cada avanço implantado aqui é um investimento direto na vida das pessoas e nas condições de trabalho das equipes. O trauma é uma das portas mais sensíveis da nossa rede, e esses resultados mostram que estamos no caminho certo”Cleber Monteiro, presidente do IgesDF
O ano de 2025 marcou o início da aplicação da pesquisa NPS (Net Promoter Score) no Centro de Trauma. A ferramenta mede o grau de satisfação e a probabilidade de recomendação do serviço pelos pacientes, sendo aplicada no momento da alta.
A avaliação considera aspectos como tempo de espera, atendimento médico e de enfermagem, alimentação, limpeza e demais etapas do percurso do paciente. “Queríamos entender como o paciente saía daqui, se estava satisfeito, se recomendaria o serviço e onde ainda poderíamos melhorar”, explica Paulo Henrique Marcineiro, assistente-executivo da Geref.
Os resultados apareceram rapidamente. No primeiro mês de aplicação da pesquisa, em agosto, o Centro de Trauma alcançou a Zona de Excelência, classificação mais alta do NPS, refletindo o impacto das melhorias implementadas.
Para o presidente do IgesDF, Cleber Monteiro, as mudanças no Centro de Trauma evidenciam o compromisso do Instituto com a modernização dos processos e a segurança do paciente: “Cada avanço implantado aqui é um investimento direto na vida das pessoas e nas condições de trabalho das equipes. O trauma é uma das portas mais sensíveis da nossa rede, e esses resultados mostram que estamos no caminho certo.”
*Com informações do IgesDF
*Com informações da Agência Brasília