A comunidade escolar do Centro de Ensino Fundamental (CEF) 01 da Candangolândia e do CEF Vila Areal aprovou, no sábado (4), a adoção do modelo de gestão compartilhada cívico-militar. A decisão foi tomada após uma audiência pública em que representantes das secretarias de Educação (SEEDF) e de Segurança Pública (SSP-DF) apresentaram os princípios e objetivos do programa.
Com aprovação de 80% no CEF 01 da Candangolândia e de 94,4% no CEF Vila Areal, as duas unidades passam a se somar às 25 escolas cívico-militares já em funcionamento e às 12 que estão em processo de transição na rede pública do Distrito Federal.
O subsecretário das Escolas de Gestão Compartilhada, coronel Alexandre Ferro, destacou o crescimento do programa e os resultados positivos obtidos até agora. “Estamos em um momento significativo de ampliação do projeto. É importante que apresentemos para a comunidade esta que é uma oportunidade de ampliar a segurança no ambiente escolar. Os resultados mostram o sucesso do modelo, como o CEF 01 do Bandeirante, aqui na mesma regional, que hoje tem o quinto maior Ideb do DF”, afirmou.
O chefe da Unidade de Apoio às Coordenações Regionais de Ensino (Unicre), Carlos Ney Menezes, ressaltou a importância da parceria entre as áreas pedagógica e disciplinar. “Aqui nós temos uma parceria. O projeto pedagógico é nosso. Os exemplos que temos visto, como no CEM 01 do Riacho Fundo, mostram que a realidade muda, o foco dos meninos muda. E o resultado disso é que agora eles estão comprometidos com o próprio futuro e prontos para disputar vagas em universidades e faculdades Brasil afora”, afirmou.
Antes da implantação, o projeto é apresentado à comunidade escolar em audiência pública, seguida por consulta e votação. O processo garante que pais, responsáveis, professores e servidores conheçam a proposta, debatam seus pontos e exerçam o direito de escolha de forma transparente e participativa.
Com o apoio da equipe disciplinar militar, as escolas também planejam ampliar a oferta de atividades extracurriculares, incluindo artes marciais — como jiu-jítsu, judô e karatê —, musicalização, noções de primeiros socorros e informática. Além disso, haverá incentivo ao estudo de línguas estrangeiras, com foco na preparação dos alunos para programas de intercâmbio, como o Pontes para o Mundo.
A realização das audiências públicas e votações reforça o caráter democrático do processo e fortalece o vínculo entre escola, famílias e comunidade.
Com informações da Secretaria de Educação