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Brasília

Carol Fazu: aonde a arte a levar

Arquivo Geral

08/03/2017 19h45

Foto: Divulgação

Amanda Karolyne
cultura@jornaldebrasilia.com.br

Brasiliense de nascença e de paixão, Carol Fazu fez arte e foi arte na capital até os 29 anos, quando partiu para o Rio de Janeiro em busca de crescimento artístico. A moça namora com outras cidades, como ela costuma dizer, mas o amor pelo quadradinho é mais forte. Nostálgica, a intérprete guarda com ela as memórias da família, os amigos, os parques, a praça de Taguatinga, a escola Brasileirinho, os professores, a Escola de Música de Brasília, a faculdade, a primeira canja, as rodas de violão, o primeiro palco, o primeiro beijo.

Amante da arte, Fazu se inspira nas cantoras de blues e soul, na força, no swing e nos agudos, principalmente de Janis Joplin. Mas ela se encanta mesmo com a quantidade de talento em Brasília, seja na música, cinema, teatro ou televisão. Os artistas brasilienses são muito elogiados pela atriz, que observa a dedicação deles para passar nas audições e o quanto se destacam nas produções.

Carol já foi Ivone na novela global Insensato Coração, participou de A Grande Família, Cilada, Tapas e Beijos e ainda chegou a se aventurar em trabalhos internacionais com a série Revê Sans Faim. Essas e outras participações a permitem conquistar espaço nas telonas ou nas salas de quem não perde uma novela com uma boa história, como Escrito nas Estrelas e Viver a Vida. No cinema, interpretou uma prostituta em Gonzaga: De Pai para Filho e foi Mila em O Vendedor de Passados.

Teve a oportunidade de contracenar com Lázaro Ramos, com quem diz ter sido privilegiada e honrada de trabalhar. A parceria com ele quebrou as barreiras da atuação e está na parte criativa de novos projetos. “Eu escrevi o roteiro de um curta e o convidei para ser o protagonista. Agora, é captar e produzir. Estamos também em conversa para que ele faça a direção teatral de um novo projeto”, diz, animada, sobre o futuro.

A raiz musical de Carol, veia artística que pulsou primeiro, veio do começo nos palcos da capital. Estudou no Conservatório de Música de Brasília, onde com apenas seis anos estudava piano clássico. No quadradinho, Carol se apresentava sozinha, com bandas, em shows de amigos, brilhava onde podia. Já esteve na companhia de Milton Guedes, Max Vianna, Celso Salim, Renato Vasconcellos, Fernando Merlino, Dillo D’Araújo, Kiko Peres e Jair Santiago, nos palcos. Foi na Escola de Música que ela estudou para alcançar todo o potencial de voz que conquistou. Cheia de talentos, Carol canta, atua e compõe. E, em 2005, lançou o primeiro álbum.

Com todo amor e admiração por Janis Joplin

Arriscou ser Janis Joplin nos palcos de Brasília no fim de 2015 e, ainda este ano, levará o monólogo para os palcos cariocas. “Janis é uma força da natureza. Uma mulher incrível com grande sensibilidade. Uma voz potente e uma mulher solitária. Por fim, um ser humano em busca de amor, aceitação e reconhecimento, como tantos outros, ou como todos nós “, observa.

A conexão com a cantora americana passa por amor e admiração, conforme explica. “Interpretar Janis é permitir que todo esse turbilhão passe por mim, é pedir benção e ser grata”.

Autora do curta Oito, da peça Ainda não Terminei de Gostar de Você, e também, integrante do núcleo de criação para audiovisual da FM Produções, ela se divide entre as datas de shows no Rio, a estreia de um monólogo, e oficinas que já realizou em Taguatinga e que pretende repetir ainda neste semestre em Brasília.

Antes de se entregar à arte, cursou odontologia, por admirar o pai na profissão, e seguiu a carreira por três anos. Depois, se formou em teatro e TV. “O meio artístico é espaço para manifestar e transformar. Educação é a grande coisa, a reeducação, o repensar de hábitos estabelecidos”, diz.

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