Menu
Brasília

Brasília recebe bazar beneficente em clima natalino 

Evento, iniciado nesta terça-feira, vai até o dia 14 de novembro no Gilberto Salomão, no Lago Sul

Redação Jornal de Brasília

11/11/2025 18h46

transferir

Crédito: Caroline Purificação  Nardeci Castro, vice-presidente da Associação Padre Júlio Negrizzolo

Por Caroline Purificação

Brasília recebe a quarta edição anual do tradicional bazar beneficente organizado pelo Instituto Missionário Rosa Mística Associação Padre Júlio Negrizzolo (APJN). O evento, realizado no Centro Gilberto Salomão, no Lago Sul, teve início nesta terça-feira (11) e vai até a próxima sexta-feira (14). O intuito da ação é arrecadar fundos para apoiar os projetos sociais da instituição que presta assistência às pessoas em situação de vulnerabilidade social, como dependentes químicos, famílias e crianças carentes.

img 1457
Crédito: Caroline Purificação 

Durante os quatro dias do evento, o bazar contará com roupas, calçados, acessórios, brinquedos, itens para casa, decoração de natal e até vestidos de noiva. Os valores começam na faixa de R$ 5,00 reais e vão até os R$ 200,00 – como é o caso dos vestidos para casamento. O espaço é cedido pela administração do Gilberto Salomão e recebe quatro edições anuais.

img 1454
Crédito: Caroline Purificação 

Curadoria e transformação de vidas

A respeito da curadoria das peças, Nardeci Castro, vice-presidente da APNJ, comenta: “É feita uma triagem, e aquilo que não é colocado no bazar é enviado para outras comunidades carentes que também realizam bazares. Além deles, os acolhidos pelos nossos projetos sociais também recebem as doações”.

img 1460
Crédito: Caroline Purificação 

Segundo ela, as doações são recebidas na sede da Associação, no São Sebastião. No entanto, muitas também são recebidas na Igreja Perpétuo Socorro, no Lago Sul. E a curadoria, limpeza e restauração dos itens são feitas por voluntários do projeto. 

“A gente procura transformar aqueles que a gente acolhe. Nós temos histórias de dependentes que chegaram sem conseguir segurar um garfo e hoje possui família. E isso para nós é o que faz a diferença: criar condições para que as pessoas tenham dignidade. Às vezes quando o evento acaba, já tem doações para a próxima edição”, relata Nardeci a respeito do projeto. 

Além das doações e do bazar, a instituição também conta com o auxílio financeiro da marca própria “De boa” com a comercialização de café, pochetes e camisetas. Também há uma horta na sede, que vende verduras, hortaliças e ovos caipiras, nas quintas-feiras e domingos. E a venda de lanches e marmitas nos encontros. 

A comunidade também se beneficia

Inaugurado às 8h da manhã desta terça-feira, o local já contava com uma fila de mais de 40 pessoas antes mesmo de abrir. Segundo a vice-presidente, o lugar permanece bem frequentado durante todos os dias.

Marcela Souza, assistente executiva, chegou cedo para aproveitar as melhores peças. “É a segunda vez que eu venho (para o bazar). Na edição anterior eu vim no último dia e eu peguei apenas algumas coisas. Dessa vez eu vi a publicação no jornal antes e resolvi vir cedo para garantir em primeira mão. Os garimpos estão ótimos, sempre tem uns achados”, comenta a assiste.

Com opções para todos os gostos, o público estava bem variado. Tânia Maria, autônoma e fã de bazares, também aproveitou a oportunidade para ir às compras: “É a primeira vez que eu venho no Rosa Mística (bazar). Já teve em outros anos, mas eu nunca tinha vindo. Acabei de chegar e ainda estou dando uma voltinha por aí. Até agora não encontrei nada do meu gosto, mas as peças estão muito boas”, relata Tânia. 

Como tudo começou 

O projeto teve início em 2014 com o Padre Vanilson Silva, fundador e presidente da ANPJ. Exorcista e vigário na Igreja Perpétuo Socorro, no Lago Sul, o Padre é natural de Soure, município localizado na Ilha do Marajó, no Pará. Ele teve uma experiência no Tocantins com uma família que sofria com um membro dependente químico, então surgiu a missão de acolher pessoas na mesma situação. 

A ANPJ possui atualmente três obras sociais que atendem a população em situação de vulnerabilidade: A Casa Betânia, no São Sebastião, que acolhe pessoas que sofrem com vícios em drogas; A Casa Madre Tereza de Calcutá, também em São Sebastião, que apoia famílias e crianças em situação de rua. E entre o final de 2024 e início de 2025, a Casa Madre Tereza ganhou uma unidade na Ilha de Marajó. 

O objetivo dessa segunda unidade é fomentar a profissionalização de crianças e adolescentes residentes da ilha, além de oferecer alimentação, reforço escolar e aulas de informática básica. A região enfrenta sérios problemas com questões de abuso sexual e exploração sexual infantil. 

O Pará apresenta uma taxa de 174,8 casos a cada cem mil crianças e adolescentes, segundo o estudo “Violência contra crianças e adolescentes na Amazônia”, realizado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) em parceria com o Fórum de Segurança Pública.

“Nós ganhamos alguns computadores e estamos tentando levar qualificação profissional. Estamos ensinando a pescar e não apenas dar o peixe. Queremos que eles ganhem dinheiro com dignidade. Ganhamos uma padaria artesanal, que já foi instalada e está sendo utilizada para a realização de cursos profissionalizantes na área de panificação”, informa a vice-presidente sobre o projeto na ilha. 

Serviço:

Bazar Beneficente de Natal da Associação Padre Júlio Negrizzolo

Local: Centro Gilberto Salomão –  Lago Sul

Data: de terça-feira (11) até sexta-feira (14)

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado