Depois de muita polêmica nas seletivas, a esgrima brasileira chegou aos Jogos Pan-americanos com a meta de quebrar o jejum de 32 anos sem medalha. Embora a expectativa de ouro fosse remota, a comissão técnica apostava pelo menos em premiações bronzeadas. E essa previsão se mostrou bastante realista no Rio-2007 com a conquista de três medalhas de bronze.
Além disso, pela primeira vez na história da competição, o Brasil conquistou medalhas nas três armas diferentes em uma mesma edição. Um dos três medalhistas do Brasil no Rio de Janeiro, Renzo Agresta espera que o resultado traga frutos para os brasileiros.
“Espero que estas medalhas que o Brasil conquistou aqui sirvam para aumentar a visibilidade da esgrima, trazendo novos patrocinadores e investimentos para o esporte. A esgrima tem de ser para todos, não só para uma elite”, comentou o esgrimista, bronze no sabre individual.
Técnico da seleção brasileira, Alexandre Teixeira, também deixa o Rio de Janeiro com a sensação de dever cumprido. “Achei show de bola, tivemos excelentes resultados e quebramos este incômodo jejum de medalhas. Tenho certeza de que se tivermos mais investimentos, no próximo Pan estaremos contabilizando quantas medalhas ganharemos, quem poderá ganhar o ouro, e por aí vai”, assegurou.
Os Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro representaram, além do final do jejum na esgrima, a primeira conquista de medalha de uma brasileira na modalidade. E ela veio com Clarisse Menezes, na espada individual. “É claro que fiquei muito orgulhosa por ter sido a primeira brasileira a conquistar uma medalha na esgrima feminina. Espero que isto possa servir de estímulo para que novas medalhas sejam conquistadas no futuro”, disse a carioca, de 27 anos.
Um pouco mais experiente do que Clarisse, a gaúcha Sílvia Rothfeld não subiu ao pódio com o florete, mas mesmo assim também fez um balanço positivo da participação brasileira no Pan. “Acho que foi maravilhoso, pois acabamos com um jejum de 32 anos e conquistamos logo três medalhas, sendo uma delas inédita, que foi o bronze da Clarisse. Além disso o florete por equipes feminino também foi muito bem. Conseguimos ganhar da Argentina, que já tem cinco medalhas nesta categoria, e que era favorita”, comemora Sílvia.
Essa boa participação do Brasil já começa a dar alguns resultados, como contam os esgrimistas. “Fiquei bem impressionada com a presença do público aqui. Além disso, várias mães vinham perguntar onde podiam matricular os filhos para que eles pudessem praticar a esgrima. As novas gerações podem ajudar o Brasil a conquistar novas medalhas”, comentou Sílvia.
Entretanto, apesar do resultado inédito, a esgrimista não deixou de criticar a entidade que controla a modalidade, bastante criticada durante o processo seletivo. “A meu ver estes resultados são reflexo do apoio dos clubes, pois acho que a Confederação não fez sua parte corretamente. Além disso, o setor privado precisa investir mais. As empresas só pensam no retorno, mas precisam investir também”, avaliou.
Um dos atletas que conta com patrocinador individual, Renzo Agresta se mudou há mais de um ano para a Itália, aonde vem treinando. “Acho que esta mudança foi fundamental para o meu desenvolvimento, e tenho que agradecer ao meu patrocinador por ter acreditado em mim. Não penso em voltar para o Brasil agora, minha vida está toda lá”, contou.
Abaixo os resultados dos brasileiros na esgrima:
Espada individual feminina
Clarisse Menezes – Bronze
Camila Rodrigues – Eliminada nas oitavas-de-final
Espada individual masculina
Athos Schwantes – Eliminado nas oitavas-de-final
Fernando Linchoten – Eliminado na primeira fase
Sabre individual feminino
Deise Falci – Eliminada na primeira fase
Sabre individual masculino
Renzo Agresta – Bronze
Marcos Cardoso – Eliminado na primeira fase
Florete individual feminino
Sílvia Rotheld – Eliminada nas oitavas-de-final
Taís Rochel – Eliminada nas oitavas-de-final
Florete individual masculino
João Souza – Bronze
Heitor Shimbo – Eliminado nas quartas-de-final
Florete por equipes feminino
Brasil – quarto lugar
Espada por equipes masculino
Brasil – oitavo lugar
Sabre por equipes masculino
Brasil – sétimo lugar
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Além disso, pela primeira vez na história da competição, o Brasil conquistou medalhas nas três armas diferentes em uma mesma edição. Um dos três medalhistas do Brasil no Rio de Janeiro, Renzo Agresta espera que o resultado traga frutos para os brasileiros.
“Espero que estas medalhas que o Brasil conquistou aqui sirvam para aumentar a visibilidade da esgrima, trazendo novos patrocinadores e investimentos para o esporte. A esgrima tem de ser para todos, não só para uma elite”, comentou o esgrimista, bronze no sabre individual.
Técnico da seleção brasileira, Alexandre Teixeira, também deixa o Rio de Janeiro com a sensação de dever cumprido. “Achei show de bola, tivemos excelentes resultados e quebramos este incômodo jejum de medalhas. Tenho certeza de que se tivermos mais investimentos, no próximo Pan estaremos contabilizando quantas medalhas ganharemos, quem poderá ganhar o ouro, e por aí vai”, assegurou.
Os Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro representaram, além do final do jejum na esgrima, a primeira conquista de medalha de uma brasileira na modalidade. E ela veio com Clarisse Menezes, na espada individual. “É claro que fiquei muito orgulhosa por ter sido a primeira brasileira a conquistar uma medalha na esgrima feminina. Espero que isto possa servir de estímulo para que novas medalhas sejam conquistadas no futuro”, disse a carioca, de 27 anos.
Um pouco mais experiente do que Clarisse, a gaúcha Sílvia Rothfeld não subiu ao pódio com o florete, mas mesmo assim também fez um balanço positivo da participação brasileira no Pan. “Acho que foi maravilhoso, pois acabamos com um jejum de 32 anos e conquistamos logo três medalhas, sendo uma delas inédita, que foi o bronze da Clarisse. Além disso o florete por equipes feminino também foi muito bem. Conseguimos ganhar da Argentina, que já tem cinco medalhas nesta categoria, e que era favorita”, comemora Sílvia.
Essa boa participação do Brasil já começa a dar alguns resultados, como contam os esgrimistas. “Fiquei bem impressionada com a presença do público aqui. Além disso, várias mães vinham perguntar onde podiam matricular os filhos para que eles pudessem praticar a esgrima. As novas gerações podem ajudar o Brasil a conquistar novas medalhas”, comentou Sílvia.
Entretanto, apesar do resultado inédito, a esgrimista não deixou de criticar a entidade que controla a modalidade, bastante criticada durante o processo seletivo. “A meu ver estes resultados são reflexo do apoio dos clubes, pois acho que a Confederação não fez sua parte corretamente. Além disso, o setor privado precisa investir mais. As empresas só pensam no retorno, mas precisam investir também”, avaliou.
Um dos atletas que conta com patrocinador individual, Renzo Agresta se mudou há mais de um ano para a Itália, aonde vem treinando. “Acho que esta mudança foi fundamental para o meu desenvolvimento, e tenho que agradecer ao meu patrocinador por ter acreditado em mim. Não penso em voltar para o Brasil agora, minha vida está toda lá”, contou.
Abaixo os resultados dos brasileiros na esgrima:
Espada individual feminina
Clarisse Menezes – Bronze
Camila Rodrigues – Eliminada nas oitavas-de-final
Espada individual masculina
Athos Schwantes – Eliminado nas oitavas-de-final
Fernando Linchoten – Eliminado na primeira fase
Sabre individual feminino
Deise Falci – Eliminada na primeira fase
Sabre individual masculino
Renzo Agresta – Bronze
Marcos Cardoso – Eliminado na primeira fase
Florete individual feminino
Sílvia Rotheld – Eliminada nas oitavas-de-final
Taís Rochel – Eliminada nas oitavas-de-final
Florete individual masculino
João Souza – Bronze
Heitor Shimbo – Eliminado nas quartas-de-final
Florete por equipes feminino
Brasil – quarto lugar
Espada por equipes masculino
Brasil – oitavo lugar
Sabre por equipes masculino
Brasil – sétimo lugar
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