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Brasília

Brasil esquece doping de Jaqueline e estréia no Pan

Arquivo Geral

13/07/2007 0h00

Exceto pelo fato de Fofão, Walewska e Jaqueline terem se apresentado um pouco tardiamente devido a compromissos na final do Campeonato Italiano, tudo parecia estar perfeito na preparação da seleção feminina de vôlei para os Jogos Pan-americanos. Porém, a dois dias da estréia, o grupo, que é favorito ao ouro, foi abalado pelo corte da titular Jaqueline, pega em um exame antidoping realizado no dia 10 de junho.

A ponteira foi pega pelo uso da substância sibutramina, um moderador de apetite, durante as finais justamente do italiano. Em entrevista coletiva, a atleta jogou a suspeita em cima de um chá verde para celulite, que julgava “natural” e tomou sem autorização médica. Cortada, deu lugar à Regiane, que já está relacionada para a primeira partida do Pan, programada para este sábado, às 22 horas (de Brasília).

Porém, o técnico José Roberto Guimarães faz questão de dizer que o problema não vai atrapalhar o time brsileiro em quadra. “Este caso não comprometerá a evolução da equipe. A ausência da Jaqueline neste momento é ruim, mas o time saberá lidar com isto”, comentou o treinador.

Ele ainda não sabe quem vai iniciar como titular ao lado de Paula Pequeno, posto que era de Jaqueline. A vaga está entre Sassá, já recuperada de uma contusão que a tirou dos quatro amistosos contra a Sériva, ou Érika, que faz sua primeira competição pela seleção brasileira desde as Olimpíadas de Atenas.

Brasil e Peru fizeram grandes clássicos nos anos 80, quando as sul-americanas eram uma força do voleibol mundial. Tanto que o retrospecto do confronto aponta 36 vitórias para cada lado. E, mesmo com o declínio no time peruano na última década, Zé Roberto não deixa de se preocupar.

“Jogo de estréia é sempre preocupante em qualquer competição, ainda mais em casa. Temos um excesso de adrenalina e toda a torcida está ansiosa pela partida”, justificou-se o treinador, que terá um compatriota do outro lado da quadra, Ênio Figueiredo, técnico da seleção do Peru. “Ele é um excelente técnico, que ajudou a formar a escola brasileira do voleibol. Isso tudo preocupa ainda mais”, comentou Zé.

Ênio dirigiu a Seleção Brasileira feminina adulta entre 1978 e 1984. Participou de duas edições dos Jogos Olímpicos (Moscou-1980 e Los Angeles-1984) e de dois Jogos Pan-Americanos (San Juan-1979 e Caracas-1983). Mas admite que dificilmente vai conseguir aprontar uma zebra neste sábado. “Nosso time está tranqüilo sabe das suas limitações. O Brasil é superior. Mas queremos fazer um bom jogo de estréia. Nosso objetivo é tentar superar República Dominicana e México para chegar às semifinais”, comentou o treinador, de 60 anos.

Oposto da seleção nacional, Mari, porém, faz um alerta. “Não conhecemos o atual time peruano. Temos que lembrar que elas vêm como fraco-atiradoras. E essas partidas contra equipes sem responsabilidade são mais perigosas. Não podemos perder o foco e deixar o adversário crescer durante a partida”, comenta.

Já a líbero Fabi não esconde a ansiedade. “Estamos treinando há dois meses e esperamos muito por este momento. A ansiedade de jogar diante da torcida brasileira é muito grande, ainda mais num campeonato da importância deste. O Peru será um excelente adversário, ainda mais por possuir uma história de tradição no voleibol sul-americano”, destacou.




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