Olavo David Neto
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A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) recolherá 12.438 pistolas da Taurus usadas por agentes da corporação. Em publicação do Diário Oficial do DF (DODF), a PM deu fim a um processo administrativo iniciado em 2016 destinado a investigar o equipamento entregue pela empresa. As armas, segundo o texto, “são inadequadas, nos aspectos de confiabilidade e segurança para o serviço policial militar”. Também é pedido ressarcimento do valor investido entre 2006 e 2011, quando o material foi adquirido.
O documento de 2016 criou uma comissão responsável por atestar as falhas nos equipamentos. Para isso, 172 armas da marca foram submetidas a provas, e reprovaram: todas apresentaram falhas no carregamento, disparos em rajada, disparo acidental em caso de queda, disparo sem acionamento do gatilho, disparo ao acionar o decocking e disparo ao acionar a trava externa.
O despacho também solicita a reposição das armas. Para isso, serão adquiridas, em caráter emergencial, outras 12.438 pistolas dos modelos PT 24/7 PRO, 24/7 PRO-DS e 24/7 PRO Tactical até janeiro de 2020. Também foi requerida à Comandante-Geral da PM, coronel Sheila Sampaio, uma sanção que declara a Taurus como inidônea para celebrar contratos com a corporação.
Por e-mail, a Polícia Militar declarou não possuir mais contratos em vigência com a fabricante, e desde o ano passado “recolheu 6 mil pistolas da marca Taurus”.
Em nota, a Taurus alegou que desconhece a declaração de inidoneidade aplicada contra a empresa. A fabricante não confirmou a devolução do dinheiro gasto na compra dos equipamentos. No site da empresa há menções à “Política de Qualidade”, que, entre outros, dita o fornecimento de produtos.