Catarina Lima e Willian Matos
[email protected]
O Complexo Esportivo de Brasília, que abrange o Estádio Nacional Mané Garrincha, o Ginásio Nilson Nelson e o Complexo Aquático Cláudio Coutinho, foi transferido à iniciativa privada nesta terça-feira (4). O consórcio Arena BSB, que agora é responsável oficial pelas três praças esportivas, promete realizar diversos eventos e admite ser possível até rebatizar o Mané Garrincha.
Em solenidade, o governador Ibaneis Rocha assinou o termo de concessão, válido pelos próximos 35 anos. Ibaneis revelou que espera passar, também à iniciativa privada, o Autódromo de Brasília. “O que importa pra nós é colocar o autódromo em funcionamento. Seja Indy, F1, eu quero o autódromo novamente funcionando”.
O governador ainda projetou a data de entrega das obras. “Estou aguardando os projetistas da pista, que devem vir a Brasília na próxima semana. Vamos negociar o projeto. Aprovada a contratação, nós vamos fazer a licitação imediatamente. Acho que o início das obras deve ser até junho e a previsão de término até o final do ano”, mirou Ibaneis.
Mudança de nome
O diretor-presidente do Arena BSB, Richard Dubois, afirma que o nome Mané Garrincha remete a “um passado não muito bonito”. Pode mudar [de nome]. A gente vai preservar a história do Mané, e acho até que a gente tem que recuperar a imagem. Hoje, o nome ‘Mané Garrincha’ ainda está ligado a um passado não muito bonito por causa da obra. A gente quer que o nome celebre o esporte e o grande jogador que Garrincha foi”, declarou Dubois.
A mudança de nome pode estar ligada a naming rights. Naming rights é, basicamente, quando o responsável por um estabelecimento concede dá a uma empresa o direito de colocar seu nome no local, como funciona no Allianz Parque (estádio do Palmeiras), por exemplo.
Com a perspectiva de receber 500 mil pessoas nos eventos a serem realizados nos próximos meses, Dubois listou alguns deles: “Nós temos confirmados a Supercopa do Brasil, os shows de Maroon 5 e Kiss, quatro grandes sertanejos, 12 grandes festas…” afirmou o diretor-presidente do Arena BSB. “Teremos Eliminatórias da Copa do Mundo, Seleção Brasileira, Mundial de Vôlei masculino e feminino nos próximos três anos, basquete, natação, tênis… Todos os esportes terão espaço aqui” completou.
“Tem mais dois [artistas] internacionais que eu não posso falar, se eu falar vão me matar. Tenham um pouco de paciência, vem muita coisa boa por aí.”
Os eventos devem render um lucro de R$ 100 milhões ao ano. Deste valor, 5% será repassado ao GDF, além de mais 5%, também anuais.