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Brasília

Aplausos para Lula

Arquivo Geral

16/07/2007 0h00

O xará presidente foi vaiado pela multidão durante a cerimônia de abertura do Pan, mas ontem, no Engenhão, Lulinha, o camisa 10 da seleção brasileira sub-17, acabou ovacionado por 28 mil pessoas e garantiu a festa no estádio construído especialmente para o evento. O meia-atacante do Corinthians marcou os três gols na partida de estréia do torneio, contra Honduras, e garantiu o bom começo na caminhada rumo à sonhada medalha de ouro.

Com a vitória, o Brasil lidera o Grupo A. Costa Rica e Equador empataram: 1 x 1. No do Pan, os primeiros colocados de cada um dos três grupos, além do melhor segundo colocado entre todos, classificam-se para a semifinal. Lulinha é artilheiro isolado.

Mais do que isso, comandou uma bonita festa, encerrada com gritos de “Olé!”, enquanto os meninos brasileiros tocavam a bola diante da fraca Honduras. O bom público embelezou ainda mais o estádio. Nas arquibancadas, seguidas olas empolgavam a galera, e qualquer drible brasileiro em campo era motivo para celebrações ensurdecedoras.

Contagiados, os meninos do Brasil entraram em campo eletrizados. Ansiosos, demoraram um pouco até conseguir controlar os nervos. Nos 15 minutos iniciais, tiveram mais posse de bola, mas mal criaram chances de gol. O alívio veio aos 20. Rafael fez belíssima jogada e foi derrubado na área. Lulinha, demonstrando tranqüilidade, bateu com rara categoria e iniciou e fez 1 x 0.

Com a vantagem no placar, o Brasil fez valer sua superioridade no segundo tempo. Depois de duas boas jogadas que não deram resultado, Lulinha aproveitou cruzamento da esquerda, de Fábio, e fuzilou o goleiro de Honduras.

Satisfeita, a torcida entoava: “Eu sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amor”. A segunda etapa seguiu tranqüila até os 43 minutos, quando Lulinha passou no meio de dois marcadores e foi derrubado na área. O juiz marcou outro pênalti. E o artilheiro cobrou para incendiar de vez as arquibancadas.

Para o técnico Lucho Nizzo, o começo foi acima do esperado. “Tivemos dificuldades no início, mas os meninos tornaram o jogo fácil”, analisou. Assediado por todos os repórteres, Lulinha tratou de minimizar o oba-oba. “Não tinha passado pela minha cabeça marcar três gols. Mas não podemos falar em ouro ainda. É um passo de cada vez, para as coisas acontecerem”.

A revelação do Corinthians dividiu com os companheiros a responsabilidade pela vitória e o encanto com a torcida. “Quando entrei no estádio, me arrepiei. Foi uma emoção maravilhosa”, definiu o lateral-direito Rafael.

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