As meninas do Brasil bem que se esforçaram, mas não conseguiram evitar o pior. Nesta quinta-feira, em partida válida pelas semifinais do torneio feminino de pólo aquático do Pan, as brasileiras foram derrotadas por 6 x 5 pelas canadenses, dando adeus às chances de disputar em casa a medalha de ouro da modalidade.
Mesmo com todo o favoritismo da equipe do Canadá, comandada pelo técnico Pat Oaten, as anfitriãs do Pan ainda conseguiram equilibrar a partida, embora tenham pecado pela má atuação no segundo período. Mesmo assim, destaque para Luiza Carvalho e para a capitã Flávia Fernandes, com dois gols cada uma, e para Ana Vasconcelos – que não marcou, mas arriscou bolas perigosas contra o gol adversário.
A partida já começou equilibrada, com as embaladas brasileiras conseguindo barrar a vantagem técnica canadense. A equipe da América do Norte até saiu na frente com Marina Radu, mas Flávia Fernandes conseguiu empatar o jogo para o Brasil logo na seqüência. No gol, Tess Oliveira vinha garantindo o empate em 1 x 1 com pelo menos três defesas importantes no primeiro tempo.
Mas a goleira brasileira não conseguiu evitar que o Canadá voltasse a liderar o marcador com um gol de Alison Braden, logo na abertura do segundo quarto. Com dificuldades para atacar, as donas da casa ainda acabaram sofrendo mais dois gols, desta vez com Emily Csikos e Dominique Perreault – o que, pelo menos, conseguiu acordar as comandadas do técnico Roberto Chiappini até o intervalo.
No retorno, foi a vez de a goleira canadense mostrar eficiência. Com duas defesas importantes, Rachel Riddell garantiu a frente da equipe de toucas brancas no placar – que ainda aumentou, com Joelle Bekhazi anotando o quinto gol para o Canadá.
Luiza Carvalho ainda marcou duas vezes e diminuiu para 5 x 3 o prejuízo, mas Marina Radu tentou barrar a reação do Brasil com o sexto gol do Canadá, seu segundo no dia. Menos mal que a capitã brasileira ainda anotou mais um, desta vez de pênalti, e decretou o 6 x 4 no período mais disputado. Euforia da torcida presente ao Parque Aquático Julio Delamare.
E o jogo ganhou ainda mais em emoção no período final, quando o Canadá se preocupou mais em marcar a saída de bola das brasileiras. Mesmo assim, Fernanda Lissoni conseguiu escapar da pressão e diminuir para 6 x 5, mas não conseguiu evitar a derrota e a classificação das visitantes para a final.
Com a vitória, as canadenses avançaram para a decisão, onde enfrentam as vizinhas norte-americanas, às 18h. Em sua semifinal, a seleção dos EUA não teve dificuldades para vencer as cubanas por 16 x 3 e garantir vaga na decisão.
Para o Brasil, sobrou o contentamento com a boa apresentação e a decisão da medalha de bronze, contra Cuba. “É até normal para um time que não joga muito, que tem menos experiência internacional do que as canadenses”, consolou-se o técnico Roberto Chiappini, em entrevista ao canal SporTV.
Pensando na decisão da medalha de bronze contra as cubanas, nesta sexta-feira, às 16h30, Chiappini mostrou otimismo. “Estamos preparados para pegar Cuba e jogar da mesma maneira que jogamos na primeira fase”, afirmou o treinador, lembrando da partida vencida pelas anfitriãs por 10 x 5 na fase de classificação.
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