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Brasília

Aos 43 anos, Karen Redfern se despede do Squash no Rio de Janeiro

Arquivo Geral

11/07/2007 0h00

Depois de mais de 25 anos nas quadras, a veterana Karen Redfern vai finalmente ‘pendurar a raquete’, como ela mesmo gosta de definir. Aos 45 anos, a jogadora de squash segue como um dos destaques da seleção brasileira para a disputa dos Jogos Pan-americanos do Rio, mas reconhece que é chegado o momento de sair da ativa.

“Chega um momento que você tem de parar. Estou acostumada a ser vencedora e não queria começar a perder. Não deve ser legal começar a descer a escada”, brinca a ex-jogadora de tênis que foi empurrada pelo clima paulista para as quadras de squash.

“Jogava tênis e cheguei a disputar torneios juvenis. Mas morava em São Paulo, a terra da garoa, e quando chovia ia treinar no squash que é fechado”. A necessidade virou opção pessoal e empolgada pelo bom resultado em uma competição, ela fez a escolha.

Duas vezes medalhista de bronze em Jogos Pan-americanos (Winnipeg-99 e Santo Domingo-2003), ela está empolgada por encerrar a carreira em casa. “Estou em estado de Graça com a chance de ganhar uma medalha”, garante, prometendo dar o máximo para ocupar o topo do pódio. “Atleta tem sempre que almejar o ouro. Se vai chegar ou não é importante, mas se não for para pensar assim é melhor nem competir”.

No Rio, ela terá duas oportunidades de conseguir uma medalha: no torneio individual e por equipes, e já deixa claro que não tem medo de favoritismo. A norte-americana Nataly Grainger é o destaque da competição. Top 10 mundial, ela é a grande favorita ao título. “Mas se passar na minha frente, vou tentar tirar a medalha do peito dela”, avisa Karen.

Assim como não falta auto-confiança também não lhe falta fôlego nas disputas. E apesar de enfrentar adversárias bem mais jovens em um esporte marcado pela agilidade, ela continua fazendo bonito nas quadras.

A prova foi dada no último Campeonato Sul-americano, quando enfrentou uma adversária quase três vezes mais jovem que ela. “Joguei contra uma argentina de 16 anos e venci”, lembra. “No squash, se você consegue dominar mental e taticamente o jogo leva vantagem”, diz, sem negar que é necessário trabalhar dobrado para acompanhar o ânimo dos mais jovens. “Tenho que fazer mais musculação e treinamento físico que o normal”.

Mesmo depois da aposentadoria, ela não vai dar adeus completo à modalidade. Pensando na despedida, Karen adiantou seu envolvimento nos bastidores e hoje já é presidente da Federação Paulista de Squash. “Antecipei esta parte e fiz a transição antes para continuar ajudando o esporte”.

O torneio de squash vai ser disputado de 14 a 19, no Complexo Esportivo Miécimo da Silva.

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