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Brasília

Alunos da Escola Parque de Ceilândia desfrutam dia de competição e lazer praticando tênis

Mais de 30 crianças e adolescentes passaram o dia jogando o torneio RC Open da Evo Club

Redação Jornal de Brasília

28/09/2025 18h25


O esporte pode abrir muitas portas e transformar a vida das pessoas, principalmente dos mais jovens. O Jornal de Brasília acompanhou de perto esse potencial de transformação do neste domingo (28). A 9ª Edição do RC Open, um torneio de tênis que dessa vez foi 100% dedicado a crianças e adolescentes, reuniu jovens tenistas de Ceilândia que puderam competir e praticar durante o dia inteiro. O evento foi promovido pela Evo Club, em parceria com a Escola Parque Anísio Teixeira de Ceilândia (Epat).

Para as mais de 30 crianças e adolescentes que estiveram presentes, essa foi uma oportunidade de mostrar o talento para tênis. Bernardo Mello, um dos sócios da Evo Club juntamente com Matheus Mota e Ricardo Caetano, afirmou que uma ação como essa permite que os jovens tenham mais contato com o tênis e, quem sabe, possam viver desse esporte. “A gente resolveu fazer essa edição do RC Open em formato de projeto social. Neste ano, fizemos em parceria com a Epat”, destacou Bernardo.

Para a professora de tênis da Epat, Edriane Nascimento, o projeto casou perfeitamente com a ideia da escola de promover a educação através do esporte e da arte. “A gente tem o prazer de trazer a Escola Parque de Ceilândia para participar desse torneio. Desde 2018, o Ricardo Caetano convida a gente para participar. Então os alunos vêm para ter um dia que para alguns é lazer e para outros é um momento de conhecer e desfrutar da oficina de tênis”, explicou Edriane. 

Em edições anteriores do RC Open, que é um torneio aberto para tenistas de Brasília, as crianças e adolescentes assistiam na maior parte do tempo e desfrutavam em alguns momentos. Dessa vez, eles tiveram todas as seis quadras da Evo Club para jogar o dia inteiro. Edriane ressaltou a importância de dar esse espaço e tempo para os jovens se desenvolverem já que, apesar da Epat possuir uma quadra de tênis, as aulas são curtas.

“Lá na escola, a gente tem 21 oficinas. Os alunos fazem aula de arte, de música, de tecnologia e de esporte. Dentro da oficina de tênis de quadra, a gente tem 18 turmas, cada uma com cerca de 15 a 20 alunos. Quando a gente tem essa oportunidade de visitar a Evo, os alunos têm a possibilidade de conhecer o saibro, que é um outro tipo de terreno. A gente joga lá na quadra dura e aqui eles jogam na terra. É importante porque o esporte é uma ferramenta de educação e com ela a gente consegue ampliar os horizontes dos nossos alunos”, reforçou a professora.

Competição saudável

Assim como em qualquer outro esporte, o objetivo dos alunos que estiveram no RC Open é competir para evoluir ainda mais. Segundo Edriane, eles participam também de outros torneios por Brasília. “Na semana passada, nós levamos um grupo de 12 alunos para participar dos Jogos de Integração Crianças e Adolescentes do Sesc DF (JISESC). Foi muito legal, tivemos lá alguns alunos que chegaram nas semifinais, outros que foram campeões. É sempre um prazer possibilitar isso aos nossos alunos, sair da caixinha que é a nossa escola e conhecer um pouco mais de Brasília através do tênis” disse. 

Um dos estudantes, que não só participou do JISESC, mas também venceu o torneio de tênis, foi Matheus Gabriel, de apenas 14 anos. Ele contou ao JBr que não era muito de fazer atividades físicas, mas foi influenciado pela mãe a começar a praticar tênis. “Eu comecei a gostar muito [de tênis]. Eu vi que eu me destacava muito assim, que tinha capacidade para jogar esse esporte. Hoje eu quero levar o tênis para a minha vida, ver se eu consigo uma carreira profissional”, contou Matheus.

Matheus relatou também que começar a praticar o esporte ajudou muito na questão de sua saúde. “Quando eu comecei a jogar tênis, eu vi que eu dava para aumentar a minha saúde e meu físico”, contou. 

Evoluindo com o esporte

Com a Epat aproximando cada vez mais os estudantes do tênis, os exemplos de ex-alunos da que levaram o esporte para a vida era grande no dia do torneio. Trabalhando como professores de tênis na Evo Club, João Vitor Dutra e Thauã Pereira falaram da experiência de começar a praticar esse esporte e poder ajudar mais jovens a conhecê-lo. 

“Eu, o Thauã e algumas pessoas aqui da equipe viemos da Escola Parque com a proposta de aprender mais sobre o tênis. A Evo acolheu a gente nessa ideia. Nós já jogamos torneios e hoje a gente trabalha aqui para dar essa oportunidade das pessoas conhecerem mais o mundo do tênis”, destacou João Vitor. O intuito, segundo Thauã, é fazer com que mais crianças e adolescentes se apaixonem pelo esporte. “Esse evento a gente fez com o objetivo das crianças terem esse primeiro contato com um torneio em si. Porque antes elas chegavam aqui, assistiam e participavam de algumas dinâmicas, mas esse é 100% focado nelas”, complementou.

Outra ex-aluna que estava por lá para prestigiar o torneio era Eulálya Ramos. Ela também contou um pouco de como o tênis começou a fazer parte da rotina dela e como provavelmente não vai sair tão cedo. “Eu conheci o tênis em 2017 e comecei logo a praticar. O treino na Escola Parque e aqui na Evo foi muito importante na minha trajetória”, disse.

Mesmo já tendo se formado na escola e na metade do curso de educação física, ela não pretende deixar de lado a paixão pelo tênis. Até por isso o esporte foi um fator decisivo para a escolha profissional dela. “Quando comecei a praticar de fato, no segundo ano do ensino médio, eu estava em dúvida do que eu ia fazer após a escola, mas o tênis foi decisivo para eu escolher a faculdade de educação física. Hoje eu planejo ser professora de tênis e trabalhar também com crianças na iniciação desse esporte”, contou Eulálya.

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