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Brasília

Alunas do CIL 02 fazem leitura de poemas na Embaixada do México

Alunas leram poesias de autoras indígenas mexicanas durante cerimônia que marcou o encerramento da mostra “Poesía y Naturaleza”, celebrando o Ano Internacional da Mulher Indígena

Redação Jornal de Brasília

17/10/2025 14h19

Foto: Jotta Casttro/SEEDF

Foto: Jotta Casttro/SEEDF

Estudantes do Centro Interescolar de Línguas (CIL) 02 de Brasília participaram, na manhã desta quinta-feira (16), da cerimônia de encerramento da exposição Poesía y Naturaleza, realizada no Espaço Cultural Alfonso Reyes, na Embaixada do México. Sete alunas foram convidadas para fazer a leitura de poesias de autores mexicanos escritas originalmente em alguns dos mais de 68 dialetos indígenas falados no país e traduzidas para o espanhol.

Para Alana Nunes de Carvalho Andrade, aluna do sexto semestre de espanhol, a experiência foi marcante. Ela leu o poema Te Quiero, de Santos García Wikit, e destacou o caráter enriquecedor do encontro. “Fico muito feliz, porque não é sempre que temos a chance de interagir com pessoas de outras culturas, de estar no meio delas. É uma oportunidade de desenvolver um pouco mais a língua e a comunicação. Gostei muito, principalmente porque celebra as mulheres”, afirmou.

Durante a cerimônia, o ministro de Assuntos Culturais do México, José Manuel Cuevas López, explicou que o país celebra, em 2025, o Ano Internacional da Mulher Indígena, o que motivou o convite exclusivo a mulheres para as leituras. “É também uma forma de estreitar os vínculos de colaboração entre México e Brasil”, afirmou o ministro.

O convite feito às alunas do CIL reflete o reconhecimento da qualidade de ensino das escolas de idiomas da Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF), que há 50 anos oferecem formação gratuita em línguas estrangeiras. Entre 2019 e 2025, mais de 350 mil estudantes foram beneficiados, segundo dados do Censo Escolar.

O encarregado de negócios da Embaixada do México, Alejandro Ramos Cardoso, ressaltou o caráter educativo e cultural da iniciativa. “Achamos que trazer as estudantes para ler os poemas em espanhol e a tradução para o português era uma boa maneira de fazê-las conhecer mais sobre o México, suas línguas e a riqueza cultural que possuímos, além de fortalecer os laços com as instituições do governo brasileiro”, declarou.

A estudante Dalila Reis, também do sexto semestre de espanhol, elogiou a iniciativa. “Todas as embaixadas deveriam oferecer oportunidades como essa. É uma forma de conhecer a cultura e o idioma, e agrega muito valor ao curso”, disse. Ela destacou ainda o impacto do ensino do CIL 02. “É meu primeiro curso de idiomas, e pretendo fazer outros. É uma política pública inclusiva, com professores muito qualificados para lidar com diferentes perfis de alunos”, afirmou.

A exposição Poesía y Naturaleza, inaugurada em 22 de maio, celebrou a conexão entre as expressões artísticas dos povos indígenas e sua relação com o meio ambiente. A mostra uniu poesia, fotografia e culinária tradicional, destacando a diversidade cultural e a importância da harmonia com a natureza. O evento contou com o apoio do Ministério do Meio Ambiente e Recursos Naturais do México.

Com informações da Secretaria de Educação do DF

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