Instituído em 2024 pela Secretaria da Mulher (SMDF), o programa Aluguel Social surgiu como resposta à falta de moradia enfrentada por mulheres vítimas de violência doméstica. Já em 2025, a iniciativa se consolidou como política pública fundamental, ao garantir abrigo seguro, proteção e a chance concreta de reconstrução da vida longe do agressor.
Atualmente, 676 mulheres são atendidas pelo programa, que assegura o repasse mensal de R$ 600 para auxiliar no pagamento do aluguel. Apenas em 2025, o Governo do Distrito Federal destinou cerca de R$ 3 milhões à iniciativa, convertendo recursos públicos em cuidado, segurança e dignidade.
Entre essas histórias, a de Joane (nome fictício), 33 anos, revela com clareza o impacto transformador do Aluguel Social. Para ela, o benefício representou mais do que um apoio financeiro: significou, sobretudo, a retomada da própria vida. Após anos de medo, Joane encontrou na política pública a primeira noite de tranquilidade. Mãe, trabalhadora e sobrevivente da violência doméstica, ela enxergou no programa a porta de saída do ciclo que a aprisionava.
“Quando percebi que teria um lugar seguro para mim e para meus filhos, senti que finalmente podia respirar. Foi ali que comecei a acreditar que minha vida podia ser diferente”, relata Joane. Sua vivência traduz o que o Aluguel Social se propõe a oferecer: a chance concreta de reconstruir uma história com autonomia e segurança.
A vice-governadora Celina Leão reforça que o programa é um compromisso permanente com a proteção das mulheres. “Nenhuma mulher deve permanecer em situação de violência por falta de alternativas. O Aluguel Social é uma resposta concreta do GDF para garantir proteção, autonomia e esperança a quem mais precisa”, afirma.
O impacto da iniciativa, no entanto, vai além da moradia. O programa oferece acompanhamento integrado, ampliando o acesso das beneficiárias a outros programas sociais, ao cadastro em políticas habitacionais e ao suporte especializado. As ações incluem análise da composição familiar, construção do mapa da vida, agendamento de atendimentos contínuos e suporte jurídico e assistencial, conforme cada realidade.
Segundo a secretária da Mulher, Giselle Ferreira, cada benefício concedido carrega uma trajetória marcada por desafios, mas também por coragem e superação. “O Aluguel Social salva vidas e hoje já é uma política pública institucionalizada no Distrito Federal. Ele deixou de ser uma ação pontual e se tornou um compromisso permanente do Estado com a proteção das mulheres. Nosso foco agora é fortalecer e ampliar o programa, garantindo que mais mulheres tenham condições reais de romper o ciclo da violência com dignidade, segurança e apoio contínuo”, destaca.
Para acessar o benefício, é necessário que a mulher resida no Distrito Federal e esteja em atendimento por algum equipamento da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência da Secretaria da Mulher. Para mais informações, acesse o site da pasta.
Com informações da Agência Brasília