O time titular mudou, mas o resultado da seleção brasileira feminina de vôlei foi o mesmo dos jogos anteriores: vitória por 3 sets a 0 com extrema facilidade sobre o México (25/16, 25/15 e 25/17), ontem, no Maracanã, no encerramento da fase de classificação do Pan.
Primeiras colocadas do Grupo A, as meninas comandadas pelo técnico José Roberto Guimarães voltam à quadra amanhã, às 15h, pelas semifinais, contra os EUA. As norte-americanas terminaram em segundo no Grupo B, ao perderem para Cuba por 3 sets a 0 (25/16, 25/23 e 25/15).
Com a vaga para as semifinais garantida desde domingo, Zé Roberto decidiu dar ritmo de jogo a outras jogadoras e escalou o time titular com Érika, Paula, Sheilla, Thaisa, Fabiana e Fofão, além da líbero Fabi. A levantadora Carol Albuquerque e a ponta Regiane também entraram durante a partida. A maior pontuadora foi Sheilla, com 20.
“As jogadoras precisavam ganhar ritmo de jogo e se familiarizar com a atmosfera do Maracanãzinho”, comentou Zé Roberto, admitindo que o adversário de ontem exigiu muito pouco da seleção: “Você olha para o outro lado da quadra e pensa que não pode bater muito forte na bola para não machucar a adversária”.
Para as semifinais, Zé Roberto não adiantou se mudará o time. “Como sou supersticioso, prefiro esperar”, brincou, contando ter conversado com Mari sobre o baixo rendimento contra as dominicanas: “Ela tomou um puxão de orelha”, confidenciou.
O treinador ainda analisou a equipe americana: “Elas não vieram com o grupo mais forte, mas têm duas jogadoras, a Haneef e a Danielle Scott, que são muito experientes”.
Susto
A meio-de-rede Thaisa, 20 anos, já havia se assustado, em Saquarema, ao saber que seu nome estava no grupo das 12 jogadoras do Pan. Ontem, outra surpresa. O técnico Zé Roberto revelou que ela começaria jogando contra as mexicanas, na vaga de Walewska.
“Eu já estava indo para o banco e me assustei quando ele disse que eu iria jogar, quase na hora de entrar. Foi no susto e tanto. Mas foi bom, para dar ritmo de jogo”, contou Thaisa.
Depois, Zé Roberto explicou o suspense. “Se eu avisasse ainda no vestiário, aquelas que não fossem entrar não fariam o aquecimento direito”, argumentou o treinador verde-amarelo.
Fechados pelo Pan
Depois de conquistar o título da Liga Mundial, domingo, na Polônia, a seleção brasileira masculina de vôlei não terá tempo para descansar. O time volta hoje para o Brasil e começa a se preparar para o Pan. A estréia será na próxima segunda, contra o Canadá, no Ginásio do Maracanãzinho.
Para chegar ao sétimo título na Liga Mundial, o Brasil derrotou a Rússia na final de domingo, por 3 x 1. Com isso, aumentou ainda mais o seu favoritismo à medalha de ouro no Pan, única conquista que falta a essa geração do vôlei.
“Desde o ouro na Olimpíada de Atenas-2004, entramos em todas as competições como favoritos. No Pan-Americano não será diferente. Ainda mais por ser disputado no Brasil.
Sabemos dessa responsabilidade, mas isso não afetará o desempenho do time. Aprendemos ao longo dos anos a jogar sob pressão”, afirmou o levantador Ricardinho.
No último Pan, em 2003, os brasileiros já gozavam do status de favoritos ao título, mas foram surpreendidos na semifinal pela seleção da Venezuela e ficaram com o bronze. “Usamos aquela derrota como aprendizado para vencer todos os outros torneios. Agora, encaramos o Pan como o único ouro que nos falta. Não queremos fechar esse ciclo com uma prata ou com um bronze”, disse Giba.
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