Caso um novo local não seja disponibilizado, todo o acervo histórico do Museu do Automóvel de Brasília poderá ficar ao relento. Na sexta-feira (9) ocorrerá uma ação de despejo que faz parte de uma ação impetrada pelo Ministério dos Transportes, dono do imóvel onde funciona o museu, no Setor de Garagens Oficiais Norte. O Governo do Distrito Federal corre contra o tempo para arrumar um local para abrigar os cerca de 50 carros antigos.
O curador do museu, Roberto Nasser, se sente frustrado com a decisão do ministério, que pediu o imóvel de volta para abrigar o arquivo morto da extinta Rede Ferroviária Nacional. “Existe uma intransigência com o único museu do Brasil que conta com o maior número de veículos nacionais antigos, com ênfase nas primeiras décadas da indústria brasileira. Poderemos sofrer prejuízos com danos em carros de marcas pioneiras, muitas delas já desaparecidas, como Willys, Simca, DKW e Alfa-Romeo”, disse.
Sobre a decisão, o Ministério do Transporte divulgou uma nota à imprensa, ontem à tarde. De acordo com a Assessoria de Imprensa da pasta, foi definida a necessidade de ocupar o prédio onde funciona o museu, com atividades inerentes às atribuições da pasta, com reconhecimento da Secretaria do Patrimônio da União e do Ministério do Planejamento. “A União, representada pela Advogacia-Geral da União, ajuizou ação de reintegração de posse, em setembro de 2010, e a Justiça determinou, em duas instâncias, que fosse desocupado o imóvel”, resumiu a nota.
