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Brasil

Superlua encanta os amantes da astronomia

“A Superlua é um evento decorrente da coincidência de dois fatos astronômicos. O primeiro é que a Lua não gira em torno da Terra em formato de circunferência

Redação Jornal de Brasília

10/03/2020 6h28

A plane passes in front of the full moon as seen from Curitiba, Brazil on March 9, 2020. – The supermoon is visible as the full moon coincides with the satellite in its closest approach to Earth, which makes it appear brighter and larger than other full moons. (Photo by Heuler Andrey / AFP)

Todo o pânico do mercado financeiro e percalços nas bolsas de todo o planeta não teve a capacidade de tirar o brilho da superlua que ganhou o céus da Terra. Na noite desta segunda (09) o fenômeno astronômico que ocorre quando o satélite natural da Terra está mais próximo do planeta e em sua fase cheia encheu os olhos dos amantes da astronomia.

“A Superlua é um evento decorrente da coincidência de dois fatos astronômicos. O primeiro é que a Lua não gira em torno da Terra em formato de circunferência, mas em uma órbita um pouquinho achatada. Então, ela tem de estar no ponto mais próximo da Terra, que chamamos de perigeu e, ao mesmo tempo, na fase cheia”, explica o coordenador do projeto Astro&Física do Instituto Federal de Santa Catarina e doutor em física pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), professor Marcelo Schappo.

A distância média entre a Lua e a Terra é de cerca de 384 mil quilômetros (km). No entanto, como se trata de uma órbita oval, essa distância pode variar de 400 mil km, quando mais distante (apogeu), até cerca de 360 mil km, nos períodos de maior proximidade (perigeu).

Segundo Marcelo Schappo, dependendo da localização do observatório que faz o anuário dos eventos astronômicos, é possível haver alguma divergência sobre intervalo de tempo entre o perigeu e a lua cheia. “Trata-se de uma janela arbitrária, mas no fundo são luas cheias sempre muito bonitas. Vale a pena a observação”, ressalta ele ao sugerir a observação em todas as datas.

O astrônomo explica que, devido a essa divergência, alguns observatórios não consideram o 9 de fevereiro como a primeira superlua do ano. É o caso do observatório de Lisboa (Portugal), que devido à localização, a lua do dia 9 de março não é considerada como a primeira superlua do ano.

“Para outros observatórios, a superlua ocorrerá [em algum momento] entre os dias 7 e 8 de abril, dependendo do horário da observação. Há ainda os que apontam o 7 de maio”, acrescentou.

Já o observatório do Valongo, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), considera superluas apenas as que ocorrerão nos dias 9 de março e 7 de maio.

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