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Brasil

Segundo perícia, não é do porteiro a voz que liberou entrada de acusado de matar Marielle em condomínio

Porteiro pivô de investigação chegou a dizer que interfonou para “Seu Jair”, mas voltou atrás dias depois. Laudo afirma que foi Ronnie Lessa quem autorizou entrada

Redação Jornal de Brasília

11/02/2020 9h03

Foto: Reprodução

O laudo pericial da Polícia Civil concluiu que não é do porteiro a voz que liberou a entrada do ex-policial militar Élcio de Queiroz no condomínio Vivendas da Barra, no dia do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. A pessoa que autorizou Élcio a entrar no residencial foi o PM reformado Ronnie Lessa, ainda de acordo com o documento.

Assinado por seis peritos, o laudo foi obtido pelo jornal O Globo. Élcio e Ronnie estão presos acusados de terem matado Marielle e Anderson. O presidente Jair Bolsonaro e seu filho Carlos Bolsonaro moravam no condomínio em questão. Há alguns meses, surgiu a suspeita de que Élcio estaria indo à casa do presidente.

As investigações tiveram início após um porteiro contar que liberou a entrada de Élcio no condomínio — o funcionário voltou atrás dias depois. Segundo o laudo, na verdade, outro empregado ligou para Lessa informando a presença de Élcio na portaria. Lessa, então, autorizou a entrada.

Nos depoimentos que prestou nos dias 7 e 9 de outubro do ano passado, o porteiro pivô do caso relatou que “Seu Jair”, referindo-se a Bolsonaro, havia autorizado a entrada de Élcio no dia do assassinato, 14 de março de 2018. Ele também contou à polícia que o ex-PM havia pedido para ir à casa número 58, onde vivia o então deputado federal e atual presidente da República. Bolsonaro se encontrava em Brasília no dia.

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