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Brasil

Presos são torturados em complexo prisional de Goiás

Um dos presos torturados é o médium João de Deus, de 77 anos, que cumpre 20 anos de prisão por abuso sexual

Redação Jornal de Brasília

08/04/2020 8h28

Os advogados Adelúcio Lima Melo, José Roberto de Sá, Luiz Carlos de Souza Lima e Charles Sandre Leopoldino são alguns dos detentos que cumprem pena no Núcleo de Custódia de Aparecida de Goiânia-GO. Eles denunciaram à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) que os presos são constantemente torturados no complexo.

Um dos presos que foi torturados é o médium João de Deus, de 77 anos. Ele agora cumpre prisão domiciliar, por conta do novo coronavírus e por integrar o grupo de risco. Entretanto, antes de ser solto ele foi espancado. De acordo com um laudo médico, os agressores usaram um instrumento contundente, que feriu a cabeça do médium, condenado a quase 20 anos de prisão por abuso sexual.

A denúncia dos advogados foi enviada à OAB no dia 16 de março. No documento eles relatam que presenciaram presos, algemados, totalmente imobilizados e sofrendo agressões físicas. Os detentos são ‘batizados’ logo quando chegam ao Núcleo de Custódia, com agressões e gás de pimenta. Além disso, os motoristas do camburão dirigem em ziguezague para machucar os presos algemados dentro do carro.

Os detentos também denunciam as péssimas condições estruturais do local. Segundo eles, as celas não possuem janelas ou ventilação, os banheiros não têm torneira, as tubulações de esgotos estão danificadas, o que provoca, além do mal cheiro, infestação de ratos, baratas e escorpiões. 

 

 

O documento e as cartas foram anexados a um ofício do Conselho da Comunidade na Execução Penal. A denúncia foi encaminhada ao diretor-geral da Administração Penitenciária de Goiás (DGAP), coronel Agnaldo Augusto da Cruz, ao Ministério Público e ao Tribunal de Justiça do Estado. O intuito da denúncia é responsabilizar os culpados.

Foto: Divulgação/Ofício pedindo investigação

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