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Brasil

Prefeitura do Rio vai lavar estações, hospitais e Centro da cidade com detergente

O foco será a zona sul da cidade e o bairro da Barra da Tijuca, na parte rica da zona oeste, onde há maior concentração de casos confirmados da doença

Redação Jornal de Brasília

23/03/2020 15h38

Rio de Janeiro – O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella durante entrevista coletiva sobre as manifestações dos taxistas (Tomaz Silva/Agência Brasil)

RIO – O prefeito do Rio, Marcelo Crivella, anunciou no início da tarde desta segunda-feira, 23, que a Prefeitura vai promover a lavagem de locais-chave da cidade com detergente para ajudar a frear a propagação do novo coronavírus. A partir desta terça-feira, a Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb) trabalhará com 20 caminhões-pipa, dez vans com motobomba e 30 pulverizadores.

O foco será a zona sul da cidade e o bairro da Barra da Tijuca, na parte rica da zona oeste, onde há maior concentração de casos confirmados da doença. Lugares como pontos de ônibus e do BRT, estações de metrô e trem estão entre os que serão priorizados. As equipes também limparão as entradas de hospitais e ruas do Centro da cidade em que há forte presença de moradores em situação de rua.

Em entrevista dada à imprensa por meio de transmissão em vídeo, Crivella voltou a reforçar medidas já anunciadas no fim de semana. Lembrou, por exemplo, que o comércio será fechado, com poucas exceções: farmácias, supermercados e hortifrutis; padarias, que devem evitar aglomerações; pet shops; postos de gasolina, sem lojas de conveniência; e lojas de materiais médicos.

Um ponto que tem sido muito questionado a autoridades é a ajuda a trabalhadores como vendedores ambulantes, taxistas e profissionais autônomos. O prefeito disse que a Prefeitura já tem cestas básicas que serão distribuídas para essas pessoas.

No caso dos moradores de rua, Crivella afirmou que três locais estão sendo preparados para acolhê-los: o Sambódromo e um galpão no Santo Cristo, ambos no Centro, e um espaço em Honório Gurgel, na zona norte.

Outra parcela vulnerável da população são os moradores das favelas. O prefeito disse que vai disponibilizar “lavódromos” com água e sabão na entrada das comunidades. A principal medida, contudo, é a disponibilização de dez hotéis na zona sul para abrigar idosos dessas favelas – o acordo ainda está sendo costurado com as empresas, mas já é certo que a Prefeitura pagará as diárias. A triagem de quem vai para esses locais será feita pelas Clínicas da Família nas próprias comunidades.

O Estado do Rio tem 186 casos confirmados do Covid-19, sendo 168 na capital. As três mortes confirmadas, porém, ocorreram em outras cidades: Niterói, na região metropolitana; Petrópolis, na região serrana; e Miguel Pereira, no sul do Rio.

Crivella voltou a reforçar o pedido para que a população – especialmente idosos – fique em casa. Antes de terminar a coletiva de imprensa, disse que “também precisamos da ajuda de Deus” e rezou o Pai Nosso.

Estadão Conteúdo

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