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Brasil

População tem papel importante para evitar disseminação do coronavírus

A mensagem que médicos e autoridades de saúde têm reforçado diariamente é que a população tem de fazer sua parte

Redação Jornal de Brasília

13/03/2020 8h24

An analyst at Fiocruz laboratory, a public health research institute, in Rio de Janeiro holds a sample of mucus to be tested for COVID-19, on March 11, 2020. – The World Health Organisation (WHO) declared the Coronavirus a pandemic with 118,000 cases in about 120 countries, and 4000 deaths. (Photo by CARL DE SOUZA / AFP)

Diante da falta de remédio específico e de vacina para combater o novo coronavírus – além do risco de se sobrecarregar o sistema de saúde -, o esforço de cada indivíduo, em particular, e da comunidade, como um todo, passa a ser fundamental para conter a dispersão da covid-19. A mensagem que médicos e autoridades de saúde têm reforçado diariamente é que a população tem de fazer sua parte.

E o que isso significa? O princípio básico é não apenas se proteger, mas também evitar que outras pessoas possam se contaminar, principalmente as mais vulneráveis.

Isso porque muitos casos da doença são leves ou até assintomáticos, de modo que é possível acabar transmitindo sem nem perceber. Um jovem com sintoma leve, que ache que só tem um resfriado, pode acabar contaminando um idoso mais fragilizado. O problema é que a covid-19 em pessoas com mais de 80 apresenta uma taxa de letalidade de mais de 20%.

As medidas mais básicas vêm sendo ditas à exaustão, mas não custa repetir: lavar as mãos constantemente, tossir ou espirrar tampando o rosto com a parte interna do cotovelo, evitar beijos e abraços e aglomerações. Mas, sempre que possível, o ideal é mesmo promover o distanciamento social.

A recomendação é cancelar reuniões, congressos, eventos que não sejam imprescindíveis. Evitar ambientes fechados e cheios, como cinemas, teatros e até mesmo os locais de trabalho, fazendo home office. E ficar muito atento ao próprio corpo. Quem tiver sintomas leves e puder, tem de ficar em casa.

Em vários países que já apresentam uma epidemia mais consistente, o início do problema foi rastreado a situações de aglomeração, como um culto religioso na cidade de Daegu, na Coreia do Sul, e uma conferência de uma multinacional na cidade de Cambridge, nos Estados Unidos.

“De um modo geral, quantas vezes as pessoas correm para o hospital quando ficam com uma gripe? Quase nunca, né? E muitas vezes ainda vão trabalhar. Agora têm de ficar em casa. Cada pessoa que tiver manifestação clínica tem responsabilidade de não propagar a doença, de não colocar ninguém em risco”, afirma Rivaldo Cunha, coordenador de Vigilância em Saúde e Laboratórios de Referência da Fiocruz e professor da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul.

A situação muda, claro, se a pessoa apresentar um quadro mais sério, como dificuldade de respiração, febre muito alta. Mas do contrário é melhor não ir para os hospitais.

Especialistas em modelagem matemática de epidemias indicam que quando a população adere às medidas de contenção de uma doença, a curva de novos casos pode sofrer um “achatamento”. O princípio é que a dispersão do vírus em uma população que foi pega de surpresa é diferente do que ocorre quando todo mundo age a fim de evitar a doença – seguindo as recomendações das autoridades de saúde, o quadro pode mudar. A Organização Mundial da Saúde tem citado como exemplo positivo o caso da Coreia do Sul, que, apesar de ter chegado a cerca de 8 mil casos, conseguiu estabilizar a expansão da doença com medidas de contenção. A população aderiu às medidas de cuidados e controle.

Vacina da gripe

Isso vale até ao se precaver contra outras doenças que podem confundir o sistema, como a gripe comum. Por isso é importante que todo mundo tome a vacina contra a doença quando ela estiver disponível. Com isso, não só será mais fácil distinguir pessoas com coronavírus como vai evitar que pessoas contaminadas com gripe também necessitem de atendimento médico. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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